16 de ago. de 2012

Pacote de concessão de estradas e ferrovias: é privatização?

"Dilma Rousseff anuncia pacote de concessão de estradas e ferrovias"
"Pacote prevê que a iniciativa privada administre, em regime de concessão, 7,5 mil quilômetros de rodovias, e 10 mil quilômetros de ferrovias."
Fonte: G1

Uns dizem que isso foi feito agora para abafar o julgamento do mensalão; outros, que não se trata de privatização - "Privatizar significa o Estado vender. O que se fala aqui é de fazer parceria. O Estado tem controle." (Jilmar Tatto).

As diferenças políticas vêm sendo cada vez mais usadas para atacar ou defender personalidades e partidos; as diferenças ideológicas, aquelas que poderiam tornar a nação realmente forte mesmo com as divergências, foram para o ralo há muito tempo. A população e os interesses do país, estados e cidades não interessam para a imensa maioria de nossos governantes e parlamentares. Então toda idéia que parta do governo, seja lá qual ele for, é rejeitada pela oposição, seja lá qual ela for, e vista com desconfiança pelo povo/eleitor.


sxc.hu/photo/1322016

Não sou petista nem 'dilmista', muito menos 'fhcista', mas alguma coisa precisava ser feita, e começou a ser feita, com bastante atraso. Nunca entendi direito o fato de nossa malha ferroviária ser relegada ao abandono, depois de tantos investimentos realizados em um passado não tão distante, mas sempre entendi que o mau uso ou o desvio das verbas públicas (de todos nós), aliados à gestores despreparados ou inescrupulosos (colocados em seus cargos direta ou indiretamente por nós), "detonaram" não apenas as rodovias estatais, mas principalmente os orgãos que deveriam bem cuidar delas.

A posição mais cômoda para o ser humano é a de falar mal daqueles que se propõem a fazer alguma coisa, isso quando não se empenham em atrapalhar; mas atrapalhar dá muito mais trabalho do que construir, ou mesmo ajudar a construir.

Este é o plano que, por ora, TEMOS. Se ninguém apresentou idéia melhor antes, se ele não é prejudicial para ninguém, se a proposta visa melhorar a logística e o escoamento de produtos e o deslocamento de pessoas, se possibilita gerar novos postos de trabalho, e se o Estado tomará conta, qual é o problema? Ah, vai possibilitar também mais corrupção... Provavelmente... mas esta não é uma questão política/partidária/econômica, é uma questão social. E questões sociais se resolvem, antes de tudo, com informação e educação, com o comprometimento de cada indivíduo não apenas consigo, mas também com o mundo ao seu redor. Isto, sim,  fará a diferença entre este ou qualquer outro plano dar certo ou não, ou mesmo se será concluído algum dia.

2 comentários:

Obrigado por seu comentário. Concordando ou não com ele, provavelmente nos será útil, de alguma forma.