12 de set. de 2016

Voto consciente: palavras ao vento...

Em um regime democrático, quando uma parte dos cidadãos abre mão de exercer o seu poder, outra parte o fará a seu bel prazer.

E o que vem a ser "exercer o poder"?
Nada mais, nada menos do que participar da política vigente, não somente através do voto em um representante ou governante, mas, principalmente, acompanhar aprofundadamente as atividades deste e cobrar-lhe as ações; e, bem antes disso, conhecer-lhe a vida privada o quanto possível, assim como a vida pública, e suas intenções e possibilidades, para saber se reúne as condições necessárias ao cargo pretendido e se merece realmente a confiança, ou o seu voto.

Como ter informações mais detalhadas sobre um candidato, na Internet?
Pesquisando por notícias (sites de jornais e revistas) que citam o nome dele; adicionalmente, pesquisar suas fichas e atividades nos sites das casas parlamentares onde ele atua (Câmara de Vereadores, Assembleias Legislativas, Câmara dos Deputados, senado Federal); e, também para aqueles cujo mandato seja o primeiro, nos sites do TSE ou TRE (Tribunais Eleitorais).
Outros sites podem reunir informações sobre eles, mas a maioria são blogs opinativos, cujos autores podem ser tão ou mais tendenciosos do que alguns jornais e revistas.

E como escolher?
Na maioria das vezes, evite aqueles que repetem os discursos entre si, e/ou que usam seu tempo atacando adversários em vez de informar as próprias propostas ou programas de governo: eles raramente fazem uma diferença positiva em seus mandatos/governos.
Informe-se sobre quais os candidatos de seu estado/município concorrem a cada cargo: os debates da TV, a grande mídia e até mesmo o sistema político brasileiro não dão espaço e tempo de propaganda gratuita igual para todos os candidatos, não permitindo conhecermos melhor aqueles que "não tem chances" de vitória (e que nunca terão enquanto este sistema continuar ignorando-os). Quem sabe, não fariam, em sendo eleitos, a diferença positiva?
Outra coisa: esqueçam as pesquisas. Uma das coisas mais fáceis de se direcionar é uma pesquisa; ela pode seguir as tendências de determinado local onde é feita, do entrevistador, e/ou do dono do instituto de pesquisa. Sem mencionar, claro, outra possibilidades ilícitas.

Concluindo: "O de sempre", ou "o mais do mesmo", não trará, nunca, novidades boas. Para obtermos resultados diferentes (melhores) na política, temos que pensar (nos informar, e melhor) e votar diferente, usando dois de nosso melhores dons, ou poderes: a inteligência e o interesse.