27 de out. de 2012

Sobre sucesso e inveja

"Sucesso é uma percepção positiva resultante do próprio agir. Originalmente designou somente a conseqüência geral, ou efeito de um agir."
(http://pt.wikiquote.org/wiki/Sucesso)

"Ter êxito em alguma coisa; ter um resultado feliz em algo; conseguir chegar ao fim de uma empreitada."
(http://www.dicionarioinformal.com.br/sucesso/)

Tem muita gente que se incomoda com o sucesso alheio, sem nem mesmo refletir porque o outro faz sucesso e ele não. De acordo com as definições acima, este sucesso pode ser de qualquer tipo, em qualquer área ou momento da vida.
Sendo uma forma de status social, o sucesso pode ser facilmente reduzido à fama conquistada por uma celebridade, e, no seu sentido mais amplo, não exclui as conquistas obtidas a qualquer custo, por meios ilícitos. É confundido, frequentemente, com aquelas conquistas obtidas apenas em benefício próprio, mas também refere-se aquelas cujo benefício serve a um grupo de indivíduos, ou a toda uma sociedade.

O sucesso de um indivíduo ou de um grupo costuma atrair a inveja alheia.

"...uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual." (http://pt.wikipedia.org/wiki/Inveja)

"Ficar desejando as coisas dos outros e não fazer força nenhuma pra conseguir naturalmente e por merecimento." (http://www.dicionarioinformal.com.br/inveja/)

Se a pessoa que sofre de inveja buscar usar seu interesse, tempo e energia no planejamento e produção do próprio sucesso ou, o que seria melhor ainda, do sucesso de algo que resultasse em benefício de muitos, (dela própria, inclusive), poderá desfrutar dos resultados e do mesmo prazer de que desfrutam aqueles indivíduos que obtiveram sucesso. E, mantido este foco, abandonando a idéia e os esforços - inúteis e desgastantes - de não realizar e não querer que ninguém também realize (mesmo que ele, o invejoso,  esteja entre os beneficiários), o indivíduo estará tão atento a si mesmo que poderá até mesmo evitar ser manipulado por alguma outra pessoa mais ardilosa, que dele poderia se utilizar para objetivos pessoais e escusos.

Imagem www.sxc.hu/photo/1004641


9 de out. de 2012

Isenções e reduções de impostos para...

Na carona da redução do IPI para veículos e para os eletrodomésticos da chamada "linha branca" , muita gente acha que deveria haver isenção ou redução de IPI para outros produtos, como, por exemplo, os alimentos, a fim de não somente facilitar sua aquisição pela população, mas também fomentar o crescimento da indústria e, por conseguinte, do próprio País.
Levando isso em conta, resolvi fazer uma pesquisa básica para saber que outros produtos andam sendo oficialmente pleiteados, esquecidos, aceitos ou rejeitados pelo governo, pela sociedade civil e/ou por nossos parlamentares. Desta forma, seguem algumas notícias sobre as reduções ou isenções de impostos (tributos, taxas etc.) para...

Bicicletas
"Projeto prevê isenção de tributos para bicicletas"
Está na câmara dos deputados. Será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Cidadania, de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça.

Alimentos da Cesta Básica
"Dilma veta isenção de tributos sobre alimentos da cesta básica"
Vetado pela presidente, “por contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade”. Um novo decreto de Dilma cria um "grupo de trabalho para apresentar proposta de composição da cesta básica e sua respectiva desoneração.”

Alimentos destinados a diabéticos
"Proposta prevê isenção de tributos para alimentos destinados a diabéticos"
Projeto de Lei da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), que o objetiva tornar estes alimentos mais acessíveis aos portadores da doença.
Fonte: asbra.com.br

Néctares de frutas
"Com IPI reduzido, néctares de frutas estão mais baratos"
Néctar é um tipo de suco pronto para beber feito com pelo menos 25% de polpa de fruta. Redução de IPI em vigor.

Instrumentos musicais
"Comissão aprova redução de tributos sobre instrumentos musicais"
Vale para a venda e a importação, bem como para as matérias-primas e ferramentas destinadas à construção artesanal dos instrumentos e de seus acessórios.

Material escolar
"Isenção de impostos para o material escolar"
Audiência pública marcada para 25 de outubro, em Brasília, discutirá este projeto de lei.

Medicamentos
"Paulo Bauer debate PEC dos Remédios com representante da indústria farmacêutica"
Proposta de Emenda à Constituição 115/2011 de autoria do senador Paulo Bauer será aprovada no Congresso. Ela  isenta de impostos os medicamentos de uso humano, e tem o apoio unânime dos senadores.

Smartphones
"Ministro acelera plano de redução de impostos de smartphones; isenção pode chegar a 35%"
Ele, o ministro, defende a desoneração de tributos dos serviços de comunicação, para estimular as vendas do setor.


Se alguém que tiver lido esta postagem souber de mais alguma notícia confiável, informe nos comentários, citando a fonte, por favor.

5 de out. de 2012

Quando a Educação no Brasil começou a declinar.

Na chamada de um programa de TV (Futura) sobre educação, foi lançada uma pergunta, mais ou menos assim:
 
Em que momento histórico a Educação no Brasil começou a declinar?
 
Pensando numa resposta, antes de assistir ao tal programa, lembro-me que ouço e vejo muita gente atribuir tudo o que apareceu (e ainda aparece) de ruim no Brasil atual ao governo do PT de Lula e, posteriormente, de Dilma.
Com a Educação não seria diferente, certo? Não creio. É certo que, ao eleger um presidente apenas alfabetizado, o estudo deixou de ser para muitos algo essencial: se um homem oriundo da pobreza e sem formação acadêmica alguma conseguiu se tornar presidente do país, para que estudar? Isto foi corroborado posteriormente por algumas políticas assistencialistas de seu governo; sem estudo, não se consegue emprego, mas em compensação é possível conseguir alguns benefícios que garantem o sustento da família. O governo Lula durou 2 mandatos, o que seriam 8 anos de declínio na educação pública, já que não houve investimentos significativos no setor. Porém...
 
Durante este período, o que aconteceu foi um aumento dos postos formais de trabalho, em número bastante superior ao dos 8 anos de seu antecessor, um presidente culto, membro da Academia Brasileira de Letras, sociólogo, cientista político, professor (lecionou inclusive no exterior), e membro de uma abastada família, mas que não deu a importância devida a educação pública de base - a base que agora, dez anos após FHC deixar o governo, é alvo de críticas ferrenhas, não a ele, mas a Lula, embora tenha sido no governo deste último o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que visa nivelar a educação brasileira com a dos países desenvolvidos até 2021.
 
Creio que o tal declínio da educação tenha iniciado bem antes da era FHC, mas se tomarmos apenas estes dois períodos de governo - 16 anos - como comparação, os últimos 8 anos, ainda que com desempenho pífio do governo Lula, apresentaram algum progresso na educação básica. Em outras palavras, se um jovem que hoje tem pouco mais de 20 anos, tendo sempre estudado em escola pública, que conseguiu ingressar em uma faculdade particular, mas não na pública por não ter tido uma boa educação de base, e não diferencia "mais" de "mas" - um erro muito comum aos jovens dessa faixa etária - envie a conta primeiro para FHC. Se ele não pagar, aí, sim tente o Lula.
 

4 de out. de 2012

Eleições 2012 - A maldição dos 4 anos. Ou isso seria uma benção?

Se administração e legislatura de um município contam com 4 anos para apresentar progressos urgentes e necessários na Educação, na Saúde, nos Transportes e na geração de Empregos - questões básicas para os cidadãos -, e não apresentam resultados significativos, seu prefeitos e seus vereadores não merecem continuar em seus cargos por mais de um mandato.

Nos últimos 4 anos, a rua onde moro e algumas outras próximas foram finalmente urbanizadas, com instalação de ciclovias, recapeamento das pistas de rolagem, drenagem, plantio de árvores, renovação das calçadas e instalação de "pardais" de semáforos e de lombadas eletrônicas. Tudo isto veio com muito atraso, já que as legislaturas e administrações anteriores não atuavam no bairro, um dos que mais arrecadam para o município, priorizando os investimentos nas áreas nobres e/ou turísticas da cidade, que tinham - e têm - problemas menores que o bairro onde moro.
Como se espera de uma sociedade, os interesses coletivos vêm antes dos particulares: embora eu esteja muito satisfeito com as melhorias acima descritas, penso que é muito pouco quando a cidade padece daqueles graves problemas citados lá no primeiro parágrafo. O voto em candidatos que defendam determinados locais, causas ou categorias específicas, e não a cidade como um todo, a meu ver é um voto maldito, que no início ou no fim das contas provoca segmentação de algum tipo, o que acaba prejudicando toda a população.
 
Não adianta construir unidades de saúde, nem escolas, sem um plano de valorização da saúde e da educação públicas. Desta forma, teremos, no máximo, doentes em longas filas de espera, deitados sobre macas no chão de belos corredores de granito, ou salas de aula de primeira geração cheias de alunos, mas sem professores.
Não adianta mudar cores de ônibus, construir corredores expressos para estes coletivos (sem deixar claro para os pedestres que tais pistas não são calçada ou ciclovia, prevenindo assim inúmeros acidentes), construir/ampliar um metrô cujas linhas não integrem as áreas mais necessitadas de transportes da cidade, ou ainda ligar trens a todos estes já deficitários transportes, sem que eles ofereçam um mínimo de conforto de modo a incentivar os cidadãos a preferirem deixar seus carros em casa, desafogando o caótico trânsito.
Quanto á geração de empregos, mais especificamente, vincular esta apenas à construção civil em função das grandes obras para os grandes eventos que ocorrerão na cidade, não é solução, é paliativo. Ao governo municipal, cabe atrair empresas para a região, bem como incentivar a criação de novos empreendimentos, como forma de garantir a geração de trabalho e renda para seus cidadãos e de evitar a desordem social, causada, em parte, pela ocupação descontrolada do espaço público pela iniciativa informal, como acontece com vendedores ambulantes e com o transporte alternativo.
 
Quatro anos é tempo suficiente para encontrar soluções para os problemas mais importantes e urgentes da população e para colocá-las em prática, já que a maioria dos candidatos à prefeitura e câmara dos vereadores juram conhecer e ter soluções para todos estes problemas, quando em campanha eleitoral. Se os eleitos não conseguem resolver estas questões neste período, não o farão nem em 8, 12 ou mais anos.

Debates políticos na TV não são nada democráticos!

Deixar de fora dos debates eleitorais os candidatos de partidos "pequenos", sem permitir ao povo ouvi-los além dos tempos ridículos de que dispõem no horário eleitoral gratuito, é uma democracia tão fajuta, que poderia ser comparada a não permitir o voto a uma parte da população, como noutros tempos idos.

Prefeitos e vereadores: empregados muito, mas muito abusados mesmo

Prefeito e vereadores são comparaveis a um caseiro e alguns empregados a quem damos bastante dinheiro para cuidarem da nossa casa, mas dos quais não fiscalizamos o serviço.
Eles fazem, assim, o que bem entendem com nosso dinheiro, decoram a casa ao gosto deles, constroem e derrubam sem nos consultar, e não nos prestam contas. Ao final do contrato, se eles dizem que fizeram um bom trabalho e conseguem apresentar um mínimo bom resultado, acreditamos e prorrogamos seus contratos; se não fizeram um bom trabalho, mas souberam nos enganar muito bem, terão nova chance.
Se não trabalham e não sabem enganar, mas são simpáticos, bonitos e ou famosos, conseguem se manter no cargo por mais algum tempo.
Fora estes, os demais deveriam ser demitidos, e às vezes o são, mas acabam tentando voltar, já que "o patrão é bobo".