27 de jun. de 2009

Liberdade de informação, segundo Luis Ignácio

Desde pequeno ouço que a liberdade deve andar ao lado da responsabilidade. Agora, vem o presidente Luis Ignácio dizer que "o país nunca viveu um ambiente de liberdade de informação tão grande" e que "com o acesso cada vez maior à Internet, a imprensa tradicional está perdendo poder para os novos meios."
Hummm... isso me parece revanchismo; por que será? Prefiro não comentar para não baixar o nível da conversa. Prefiro sempre o nivelamento das coisas por cima, e não por baixo, como me parece, o governo está empenhado em fazer.

"Finalmente este país está tendo o gosto da liberdade de informação", disse ele em discurso no 10o Fórum Internacional Software Livre em Porto Alegre (RS). O que entende ele de informática e de Internet para tecer comentários à respeito? Será que aprendeu a falar sobre coisas que não entende com seus ministros, ou foram seus ministros que aprenderam com ele? Deixa pra lá..

"... a imprensa já não tem o poder que tinha há alguns anos. A informação já não é mais uma coisa seletiva em que os detentores da informação podiam dar golpe de Estado". Ainda não me convenci da real intenção dele; aliás, creio que a intenção dele e de seu governo é desacreditar a imprensa legítima, aquela que "futuca" - e encontra, por que existem - os podres de de seus coleguinhas de Brasília, que ele tanto defende, seja por ingenuidade, seja por "outro motivo".

Se para Lula qualquer blogueiro já pode hoje ser considerado jornalista, exercendo a sua tal "liberdade de informação", nenhuma informação será suficientemente confiável daqui para frente. Se hoje, com a "isenção" da imprensa tradicional a população já não sabe em quem acreditar, baixando o nível das informações* a confusão irá aumentar e o desinteresse pela política, diminuir. Sem a participação popular no processo político, ainda que distorcida e/ou influenciada, o governo ficará muito mais à vontade para "governar".

Tenho a sensação de estar presenciando a "ignorantização" moral e educacional do Brasil. É lamentável e inaceitável. Mas o que podemos fazer? Somos cento e oitenta e poucos milhões de cidadãos...

(*) Basta observar a utilidade da nova reforma ortográfica e o baixo nível de qualidade da maioria dos textos e de conteúdos que imperam hoje no jornalismo regulamentado.

Fonte: Reuters/G1

P.S.1: O nome do presidente foi grafado com base no seu próprio conceito de liberdade de informação, mas eu, pelo menos, assumo a minha responsabilidade sobre isso.
P.S.2: Se rolar uma vaguinha em Brasília para um blogueiro (que não pretende ser jornalista), para só falar bem do seu governo, eu aceito, presidente...

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