Músicas
Fui criado ouvindo música: No rádio, am e depois fm; na TV; no toca-discos e no toca-fitas ("cassete deck"); nas festinhas, nos almoços de domingo no Rancho das Fantas (lembro da colorida Índia Iara e o frisson que ela causava nos fãs) e nos jantares do Rancho Verde (adorava programar músicas naquela "jukebox"). Já crescidinho, comecei a dançar algumas delas (ia muito aos bailes da Jet Black, do Jacarepaguá Tenis Clube, e anos depois à "Discotéque" do Clube da Aeoronáutica, em cascadura). Tive também a minha fase instrumental, mpb - pausa importante: neste exato instante, no rádio, Lulu Santos canta "Descobridor dos sete mares" com um arranjo "inspiradíssimo" em "Disco Inferno", sucesso dos anos 80. Bem, onde eu estava? Ah! Mpb, Rock (clássico)... Ah, o Rock não, este é um caso de amor; sempre foi meu estilo preferido, acho que por não entender bem as letras em inglês... Rsrsrs.
Brincadeira à parte, o que me sensibiliza, na música, na verdade, é a harmonia. Tudo tem que combinar com tudo; se algo não "encaixa" perde a harmonia, e meus ouvidos rejeitam. Só compreendi isso ao tentar entender a poesia: sozinha, a poesia não mexe comigo, mas com música, ela pode ficar perfeita!
Na família, lembro somente de dois profissonais ligados à música: meu tio Henrique (esteja em paz onde estiver, tio), que já teve programa na TV no século passado - o Clube do Guri, e deu aulas de música por muitos anos; e meu primo Djalma, Luthier dos bons, segundo conta, lá de Nova Iguaçú.
Curiosamente, minha "formação" musical resumiu-se às aulas teóricas do "ginasial", à algumas tentativas de aprender a tocar algum instrumento (berimbau foi o que consegui tocar um pouco), e à participação por alguns anos como tenor no Acorde Para o Canto (Côro espírita de Jacarepaguá).
Ao longo dos anos, coleciono músicas que de algum modo fazem parte de minha história; nem todas são preferidas, mas ouço cada uma por algum motivo. Gosto e pescoço, aliás, cada um tem um! Ah! Esta coleção ainda não terminou, nem tem prazo para isto.