Tenho o hábito de observar "tudo" ao meu redor; às vezes, prendo-me a um cabelo, uma roupa, um veículo, um animal, seja lá o que for. Sempre "procuro" algo ou alguém que me desperte curiosidade. Isso pode acontecer enquanto tomo um café, converso com alguém, ouço música, caminho etc.
Ultimamente, tenho ouvido muita música. Minha coleção de mp3 é vasta e eclética, e elegi algumas músicas para tocar no meu mp4 player (só uso até o "3": meu "esforça-te" não inclui assistir vídeos em miniatura), presente de uma amiga muito querida. Falarei destas músicas numa postagem próxima.
Embora atento, como disse, poucas vezes uma situação me chamou tanto a atenção como a da última quarta-feira, no trecho do Metrô entre a Central e a Cinelândia; acho que pela coincidência. Estava ouvindo umas músicas dos anos 50, quando notei um casal de idosos sentado no banco à minha frente, no exato instante em que comecei a ouvir "Could this be magic", uma bela balada romântica (sim, romântica, já que balada hoje significa outra coisa), do "Conjunto" (como diria uma outra amiga!) The Dubs. Chamou-me atenção a forma carinhosa com que o senhor, grisalho, esbelto e bem-vestido, conversava com a senhora, também grisalha, esbelta e bem-vestida. Seu braço direito passava suave por sobre o ombro dela, que ouvia o companheiro com atenção. Achei-os tão bonitos, ao som daquela trilha sonora, que esqueci todo o resto à minha volta e fiquei imaginando como eles teriam se conhecido, se eram casados de fato e de direito, se tinham filhos e netos, onde morariam, que bons e difíceis momentos teriam passado juntos... uma infinidade de coisas. Impossível não pensar também na minha família, em como foi possível eu estar ali, naquela cena, observando aquela outra cena bonita.
A sensação foi boa; sensação de vida vivida, com tudo a que cada um de nós tem direito (mas, às vezes, não quer ou não sabe que pode ter).
Não, a magia não terminou por eles terem descido algumas estações antes de mim. Segui meu caminho, ainda em boa companhia, dos anos 50 até hoje, indo encontrar com outros queridos amigos, indo encontrar comigo mesmo. Magia pura.
Ultimamente, tenho ouvido muita música. Minha coleção de mp3 é vasta e eclética, e elegi algumas músicas para tocar no meu mp4 player (só uso até o "3": meu "esforça-te" não inclui assistir vídeos em miniatura), presente de uma amiga muito querida. Falarei destas músicas numa postagem próxima.
Embora atento, como disse, poucas vezes uma situação me chamou tanto a atenção como a da última quarta-feira, no trecho do Metrô entre a Central e a Cinelândia; acho que pela coincidência. Estava ouvindo umas músicas dos anos 50, quando notei um casal de idosos sentado no banco à minha frente, no exato instante em que comecei a ouvir "Could this be magic", uma bela balada romântica (sim, romântica, já que balada hoje significa outra coisa), do "Conjunto" (como diria uma outra amiga!) The Dubs. Chamou-me atenção a forma carinhosa com que o senhor, grisalho, esbelto e bem-vestido, conversava com a senhora, também grisalha, esbelta e bem-vestida. Seu braço direito passava suave por sobre o ombro dela, que ouvia o companheiro com atenção. Achei-os tão bonitos, ao som daquela trilha sonora, que esqueci todo o resto à minha volta e fiquei imaginando como eles teriam se conhecido, se eram casados de fato e de direito, se tinham filhos e netos, onde morariam, que bons e difíceis momentos teriam passado juntos... uma infinidade de coisas. Impossível não pensar também na minha família, em como foi possível eu estar ali, naquela cena, observando aquela outra cena bonita.
A sensação foi boa; sensação de vida vivida, com tudo a que cada um de nós tem direito (mas, às vezes, não quer ou não sabe que pode ter).
Não, a magia não terminou por eles terem descido algumas estações antes de mim. Segui meu caminho, ainda em boa companhia, dos anos 50 até hoje, indo encontrar com outros queridos amigos, indo encontrar comigo mesmo. Magia pura.
Viver é uma experiência realmente mágica para quem consegue marcar presença positiva na vida. Não no sentido do sucesso público, mas no sucesso íntimo, nas vitórias pessoais. Num mundo onde ter estudo, uma família unida e voltada para o bom e o bem e um emprego honesto fora dos balcões ilícitos do governo, infelizmente se torna exceção.
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