23 de mai. de 2009

Coleções I

Já colecionei algumas coisas, hoje coleciono outras. Músicas são umas das minhas atuais. A partir de hoje Vou dividir com vocês algumas destas minhas preciosidades.

Músicas
Fui criado ouvindo música: No rádio, am e depois fm; na TV; no toca-discos e no toca-fitas ("cassete deck"); nas festinhas, nos almoços de domingo no Rancho das Fantas (lembro da colorida Índia Iara e o frisson que ela causava nos fãs) e nos jantares do Rancho Verde (adorava programar músicas naquela "jukebox"). Já crescidinho, comecei a dançar algumas delas (ia muito aos bailes da Jet Black, do Jacarepaguá Tenis Clube, e anos depois à "Discotéque" do Clube da Aeoronáutica, em cascadura). Tive também a minha fase instrumental, mpb - pausa importante: neste exato instante, no rádio, Lulu Santos canta "Descobridor dos sete mares" com um arranjo "inspiradíssimo" em "Disco Inferno", sucesso dos anos 80. Bem, onde eu estava? Ah! Mpb, Rock (clássico)... Ah, o Rock não, este é um caso de amor; sempre foi meu estilo preferido, acho que por não entender bem as letras em inglês... Rsrsrs.
Brincadeira à parte, o que me sensibiliza, na música, na verdade, é a harmonia. Tudo tem que combinar com tudo; se algo não "encaixa" perde a harmonia, e meus ouvidos rejeitam. Só compreendi isso ao tentar entender a poesia: sozinha, a poesia não mexe comigo, mas com música, ela pode ficar perfeita!
Na família, lembro somente de dois profissonais ligados à música: meu tio Henrique (esteja em paz onde estiver, tio), que já teve programa na TV no século passado - o Clube do Guri, e deu aulas de música por muitos anos; e meu primo Djalma, Luthier dos bons, segundo conta, lá de Nova Iguaçú.

Curiosamente, minha "formação" musical resumiu-se às aulas teóricas do "ginasial", à algumas tentativas de aprender a tocar algum instrumento (berimbau foi o que consegui tocar um pouco), e à participação por alguns anos como tenor no Acorde Para o Canto (Côro espírita de Jacarepaguá).

Ao longo dos anos, coleciono músicas que de algum modo fazem parte de minha história; nem todas são preferidas, mas ouço cada uma por algum motivo. Gosto e pescoço, aliás, cada um tem um! Ah! Esta coleção ainda não terminou, nem tem prazo para isto.

14 de mai. de 2009

Análise da crise econômica para leigos

Se perguntarmos para a população em geral, nas ruas, qual é a solução para a crise econômica, todo mundo terá uma resposta bastante coerente, já que cada um luta todos os dias contra a sua própria crise econômica. Mesmo sem conhecimentos técnicos, só há uma solução: reduzir despesas e, tanto quanto possível, aumentar a receita para viver com alguma dignidade.

A decisão do governo em reduzir o IPI de alguns produtos pode colaborar para evitar o desastre maior de um desemprego em massa em determinados setores da indústria e, por conseqüência, do comércio. Com a redução, os preços destes produtos baixam, aquecendo-lhes as vendas e garantindo empregos e salários de muita gente.

Então, pergunta o leigo: Se impostos e taxas públicas de um modo geral fossem reduzidos, não teríamos crescimento econômico, fazendo do Brasil uma grande potência? Sim e não, responde outro leigo (no caso, eu mesmo). Outras condições são necessárias: o comprometimento do poder público em reduzir suas despesas (reduzir o número de vereadores, deputados estaduais, federais e senadores, bem como de seus respectivos assessores já seria um bom começo.); e os governos condicionarem a redução de tais impostos à geração de empregos por parte do empresariado, o que inibiria nestes um provável oba-ôba dos lucros exagerados (“Já que vou pagar menos impostos, vou embolsar o excedente dos meus lucros!”, diriam alguns.). Estes são alguns exemplos de como as coisas por aqui poderiam começar a funcionar direito.

Por outro lado, nós, “o povo”, também temos que fazer nossa parte, seja colaborando ao pensar mais coletiva e menos individualmente, seja exigindo das autoridades o cumprimento das leis ou até mesmo a modificação destas, se necessário; seja exigindo a nota fiscal da cerveja no bar (concordo que a carga tributária é alta para o comerciante, mas se você não pede a nota, ele não paga o imposto, embolsa o lucro e não te dá desconto algum!). Na verdade, o comprometimento é de todos. Cada um de nós é responsável, direto ou indireto, pelo crescimento ou pela degradação desta nação. Quando lembrarmos a todo instante que jogamos todos no mesmo time, o jogo será um pouco mais fácil e a vitória estará mais perto.

2 de mai. de 2009

"Aquela doença" no "pinto"

Parece brincadeira, mas não é. Nem o título, nem o assunto.

As gerações mais antigas e menos esclarecidas evitavam falar na doença câncer. O receio era a possibilidade de, falando o nome, o indivíduo atraí-la para si.
As gerações mais antigas e mais educadas também chamavam o pênis de pinto. Aliás, para as crianças, até hoje, é chamado assim.

Como prefiro - e aqui posso - dar os devidos nomes aos bois, fá-lo-ei, já que a causa é importante.

O câncer de pênis pode ser muito agressivo, e pode ser necessário cortar fora parte ou todo o órgão, para ser tratado. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 1.000 (MIL!) homens perdem o pênis no Brasil, anualmente, por causa deste tipo de tumor.

Sim, dá pra fazer um monte de piadas sobre isso! Fique à vontade, mas não deixe de previnir-se e/ou passar esta informação adiante, com a seriedade que ela merece.

Quer mais detalhes?
SBU - Campanhas

Could this be magic no segundo vagão do Metrô

Tenho o hábito de observar "tudo" ao meu redor; às vezes, prendo-me a um cabelo, uma roupa, um veículo, um animal, seja lá o que for. Sempre "procuro" algo ou alguém que me desperte curiosidade. Isso pode acontecer enquanto tomo um café, converso com alguém, ouço música, caminho etc.

Ultimamente, tenho ouvido muita música. Minha coleção de mp3 é vasta e eclética, e elegi algumas músicas para tocar no meu mp4 player (só uso até o "3": meu "esforça-te" não inclui assistir vídeos em miniatura), presente de uma amiga muito querida. Falarei destas músicas numa postagem próxima.

Embora atento, como disse, poucas vezes uma situação me chamou tanto a atenção como a da última quarta-feira, no trecho do Metrô entre a Central e a Cinelândia; acho que pela coincidência. Estava ouvindo umas músicas dos anos 50, quando notei um casal de idosos sentado no banco à minha frente, no exato instante em que comecei a ouvir "Could this be magic", uma bela balada romântica (sim, romântica, já que balada hoje significa outra coisa), do "Conjunto" (como diria uma outra amiga!) The Dubs. Chamou-me atenção a forma carinhosa com que o senhor, grisalho, esbelto e bem-vestido, conversava com a senhora, também grisalha, esbelta e bem-vestida. Seu braço direito passava suave por sobre o ombro dela, que ouvia o companheiro com atenção. Achei-os tão bonitos, ao som daquela trilha sonora, que esqueci todo o resto à minha volta e fiquei imaginando como eles teriam se conhecido, se eram casados de fato e de direito, se tinham filhos e netos, onde morariam, que bons e difíceis momentos teriam passado juntos... uma infinidade de coisas. Impossível não pensar também na minha família, em como foi possível eu estar ali, naquela cena, observando aquela outra cena bonita.

A sensação foi boa; sensação de vida vivida, com tudo a que cada um de nós tem direito (mas, às vezes, não quer ou não sabe que pode ter).

Não, a magia não terminou por eles terem descido algumas estações antes de mim. Segui meu caminho, ainda em boa companhia, dos anos 50 até hoje, indo encontrar com outros queridos amigos, indo encontrar comigo mesmo. Magia pura.