28 de ago. de 2009

Por que Belchior tomou chá de sumiço?

Um motivo óbvio: nas chamadas do programa Fantástico, não era dito o nome do cantor, provavelmente por que quem redigiu as chamadas não sabia de quem se tratava - uma caso típico de falta de bagagem cultural, ou de cultura geral. Já vi em outras emissoras chamadas deste tipo, mas para falar de artistas bem menos cotados; só para manter certo suspense e garantir alguma audiência com DNAs requisitados por oportunistas.

Outro motivo, talvez ligado ao primeiro, é o esquecimento a que são relegados os maiores talentos da nossa MPB. A mídia explora à exaustão o que está na moda. E faz a moda. Nos programas globais, por exemplo, se revezam Ivetes, Daniéis, Leonardos, Zezés e Lucianos, Claudinhas, Brunos e Marrones e outros descartáveis mais facilmente. Nos programas não globais, funks e pagodes tomam conta. Nas rádios, o predomínio do espaço é o conteúdo evangélico (com todo respeito!), mas também o pagode e o funk; as poucas que tocam músicas "adultas", têm um limitadíssimo repertório, repetindo os mesmos sucessos o dia todo, todos os dias. Eu já enjoei, e prefiro ouvir meus emepetrês.
As exceções: na TV, o programa do raul Gil ainda presta homenagem aos cantores e compositores forçadamente aposentados pelo jabá dos moderninhos, e no rádio, a heroína da resistência aqui do Rio, a MPB FM, embora esta também tenha dificuldade em tocar algo além dos grandes sucessos dos nossos talentosos "esquecidos".

Tenho a impressão de que Belchior encheu-se tanta mediocridade, e como fez numa participação num recente show em Brasília, só vai aparecer quando quiser e, logicamente, onde queiram vê-lo. Não me espantarei se os Zé Ramalhos, os Fagners, os Guilhermes Arantes e alguns outros valorosos da nossa MÚSICA seguirem-lhe o exemplo.

Bom, o que tenho de mais animador para vocês, esquecidos e seus fãs, é dizer que as lonas cuturais (ainda) podem recebê-los de portas abertas.

7 de ago. de 2009

O AA e o SAMU

Recebi a mensagem abaixo (não sei se o pessoal do SAMU está sabendo)*, a idéia é muito boa e oportuna, inclusive para os Bombeiros. Quem a criou e expôs merece um bom prêmio. Eu já havia imaginado a situação, mas não como resolvê-la.

(*) Hoje (19/04/2010) ficaram sabendo! Leia o comentário do Ministério da Saúde - sim, eles viram meu blog! - logo após a postagem. E ainda há um link para esclarecimentos. Não perca a chance de esclarecimento. Aproveito e destaco, em negrito azul, pontos importantes do que já estava escrito antes, tanto na mensagem original (entre aspas), quanto na minha análise.

"As ambulâncias e emergências médicas perceberam que muitas vezes nos acidentes da estrada os feridos têm um celular consigo. No entanto, na hora de intervir com estes doentes, não sabem qual a pessoa a contatar na longa lista de telefones existentes no celular do acidentado. Para tal, o SAMU lança a idéia de que todas as pessoas acrescentem na sua longa lista de contatos o NÚMERO DA PESSOA a contatar em caso de emergência.
Tal deverá ser feito da seguinte forma: 'AA Fulano' (as letras AA são para que apareça sempre este contato em primeiro lugar na lista de contatos, e Fulano, o nome da pessoa a ser comunicada). É simples, não custa nada e pode ajudar muito ao SAMU ou quem nos acuda."

Poréns:
1) Se os quimicamente dependentes já utilizam isto para chamar o AA (Alcoólicos Anônimos);
2) Se um cidadão que está acudindo o dono do celular resolver avisar outro serviço de socorro, pode gerar uma confusão de competências, como vimos recentemente na imprensa, entre SAMU e Bombeiros, e o acidentado não resistir à espera de quem irá ou não atendê-lo;
3) Os trotes de péssimo gosto, claro. Se seu telefone acabar de ter sido roubado, furtado ou perdido, ou se algum "amigo" seu aproveitar-se do seu descuido, o número do AA pode ser utilizado para brincar de matar alguém de susto;
4) O e-mail "original" pede para que se repasse a mensagem para outras pessoas. Se você receber algum, e for repassar, envie para uma só pessoa no campo "Para" e, para as demais, use o campo "CCO", prevenindo a disseminação de spams e outras pragas. Meus amigos que não fazem isso me perdoem, mas eu detesto receber msgs com o endereço de zilhões de pessoas antes da msg propriamente dita. Fora o fato que zilhões de pessoas também estão vendo meu endereço de e-mail.

6 de ago. de 2009

Tá precisando de sangue?

Tomara que não. Mas já parou pra pensar que tem muita gente precisando, e que os bancos de sangue andam com dificuldade para atender tantos pedidos?
Não estou precisando, felizmente; mas imagino se isso acontecesse e não houvesse sangue disponível para mim. Não, melhor não imaginar...

Tirando aqueles que realmente não se importam com o semelhante (tenho certeza de que você não faz parte deste grupo!), justificativas não faltam para aqueles outros que PODEM ser doadores, mas não o fazem.

Há dois casos em minha família - um por cirurgia e outro por tratamento - necessitando de sangue. Parte da família já se mobilizou e fez/faz as doações necessárias e possíveis. Ok, pode-se dizer que minha família é grande; mas como ficam aqueles desprovidos de uma grande família ou de amigos, se os estoques dos bancos de sangue e dos hospitais - que vivem suplicando por doações - estão em baixa? Suplicam, "somente" para que ninguém - nós, incluídos - deixe de receber sangue, caso precise.

Creio que a pouca oferta de doadores se deve mais à falta de informação que de interesse. Sendo este o caso, vai uma pequena contribuição: http://www.hemorio.rj.gov.br/

Então, se você PODE ser doador, mas ainda não é, qual a sua justificativa?