22 de dez. de 2007

Esportes: Rebeca

O inquérito policial sobre o dopping da nadadora Rebeca Gusmão no PAN 2007 foi encerrado sem o indiciamento de ninguém. A ODEPA cassou as medalhas conquistadas pela nadadora brasileira. Pelo que entendi, as instituições policiais não “metem a colher” nos assuntos das instituições esportivas, e vice-versa. Então, para que o inquérito?

Pelo que pude acompanhar no noticiário, Rebeca se diz vítima de perseguição “política” pelo médico. Mas quem trocaria a palavra ou a opinião de um poderoso e conceituado médico, pela de uma atleta que tem aparência – digamos – fora dos padrões das demais nadadoras brasileiras?

Como bom brasileiro e carioca estranho muito o fato de que os Jogos Pan-americanos do Rio tenham transcorrido em absoluta paz e segurança, e que não tenham ocorrido falhas significativas na organização das competições, antes, durante e depois. Não, não torci contra, que fique bem claro. Mas num país onde se trocam bebês nas maternidades, onde mulheres e adolescentes são encarceradas entre homens adultos, onde aparelhos gravadores são confundidos com caixas pretas de aviões e enviados para os EUA para análise após acidentes aéreos, onde figuras públicas e autoridades colocam-se ou são colocadas acima da Lei, entre outras aberrações, o que esperar?

Como dizem que “a corda sempre arrebenta do lado mais fraco”, penso que ainda haja “muito caroço debaixo desse angu”. Talvez o tempo nos diga quem está com a razão.

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