31 de jul. de 2008

Atrações e pára-raios

Algumas pessoas atraem.
Há quem atraia dinheiro, trabalho, amizade...
Mas algumas atrações não são muito agradáveis: eu, por exemplo, costumo atrair fumaça de cigarro. É batata: onde estou, se estiver alguém fumando por perto, a maldita fumaça vem direto invadir meu nariz. Estranhamente, atraímos aquilo que mais nos incomoda, cada coisa, logicamente, com diferentes graus de repulsa.
Hoje eu estava com uma certa intolerância com bêbados (normalmente, sou paciente e respeitoso com eles); descobri isso assim que avistei um, que passaria por mim na rua. Previ a cena: ele desviaria do seu caminho, viria em minha direção com a mão estendida para que eu a apertasse. Aconteceu exatamente isso. Não me nego a fazê-lo, quando posso lavar a mão logo depois (questão de higiene, não de preconceito!) mas às vezes me desagrada. Hoje foi o caso, neguei-me e ele seguiu seu "rumo".
Por que todo bêbado tem o hábito de cumprimentar com um aperto de mão, mesmo sem conhecer a gente?

Deve haver gente homofóbica que costuma atrair gays. Há quem atraia "malucos", quem atraia cocô no sapato, quem atraia "inguinorantes", quem atraia chuva, insetos...

Todos somos, em algum momento, pára-raios de alguma coisa ou de alguém. Hoje, atraí o bêbado. Quem sabe, amanhã, não seja a equilibrista?

Um comentário:

  1. Afinidade é lei! Não se assuste se um dia a equilibrista perder o equilíbrio e cair à sua frente...

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