Se a estima por si mesma, em cada indivíduo, pode ser alta ou baixa, quando em grupo os indivíduos caracterizam este grupo com o somatório de suas auto-estimas, prevalecendo a da maioria. Poderia auferir daí que este grupo tem alta ou baixa auto-estima.
Baseado no comportamento (geral) de meus companheiros de nação atrevo-me a dizer que o brasileiro tem baixa auto-estima. Só isso explica tantos “desrespeitos á Lei”, tanta falta de respeito ao semelhante e a si próprio, dos pequenos aos grandes gestos: o papelzinho de bala ou latinha de bebida jogado pela janela do carro, o avanço de sinal no trânsito que põe em risco pedestres e ocupantes de outros veículos, o não cumprimento ou retardamento das próprias funções profissionais sem motivo justo, furar fila onde quer que seja, fumar em local não permitido, transportar crianças pequenas no banco da frente, destruir o patrimônio público; tratar mal ou com indiferença os idosos, os deficientes e os mais humildes, trocar voto por favores de candidatos a cargos políticos; utilização de status ou de verbas públicas em proveito próprio... Poderia passar horas ou até dias listando, mas tiraria de você a oportunidade de refletir sobre quanta falta de cuidado consigo e com o outro estão implícitas nestas atitudes.
Não sou especialista –que fique bem claro– mas lamento que, se continuar nesse caminho, o Brasil entre numa profunda depressão social. Tratamento há, mas o melhor deles é a prevenção. Se a sociedade decidir que quer reagir, elevar sua auto-estima, que o faça, busque ajuda terapêutica, se for preciso; mas isso somente será possível através de cada indivíduo, inclusive –e principalmente– da minha e da sua atitude.
Hummmmm... Sei não.
ResponderExcluir