4 de jul. de 2010

Pra não dizer que não falei da Copa... Epílogo: E agora, com Brasil e Argentina de fora?

Aqui terminam meus comentários sobre a Copa 2010, “lamentando” a desclassificação “prematura” de nossa seleção. Por que as aspas? Porque essa não era uma seleção genuinamente brasileira, já que os jogadores eram (praticamente todos) “estrangeiros” e, principalmente, porque jogavam como estrangeiros temerosos do que o Brasil pudesse fazer com eles. Não este Brasil que vimos em todas as partidas deste certame, mas um Brasil que há muito não se vê; um pouco parecido com o que vimos no primeiro tempo do jogo contra a Holanda, e que me fez pensar: -Agora vai!
Não foi.

A Argentina, que até então alimentava minhas esperanças de um futebol bonito e raçudo, também não foi, devido às suas limitações defensivas que não tinham tido oportunidade de aparecer antes. Mas na volta para casa, foram muito bem recebidos. Como disse um torcedor, a luta “pela camisa” vale mais do que qualquer vitória. Acho que os argentinos - incluídos os jogadores - amam a seleção e o país deles de maneira bem diferente de nós.

Ainda falando em despedidas, Cristiano Ronaldo protagonizou uma das mais feias das copas, ao deixar o campo depois da desclassificação de Portugal: olhou para a câmera que o acompanhava e... cuspiu! Terá sido coincidência, ou ele quis mandar um recado para alguém?
A França saiu da forma como entrou, muito feia: entrou com um gol de mão e saiu no maior “climão”, cercada de brigas internas que só podiam levar a pífios resultados, que só podiam levar a outras brigas internas. Tudo indigno, vindo da última vice-campeã mundial. (Da França também vem uma das despedidas mais feias das copas, a expulsão de Zidane em 2006, na Copa da Alemanha, ao desferir uma cabeçada num jogador italiano. A Itália venceu o jogo, levando a taça, e a França foi vice.)

Restando Espanha, Alemanha, Holanda e Uruguai, pouco importa para nós, brasileiros, o vencedor... Mas, quem gosta de futebol como eu, de qualquer maneira vai torcer por um deles.
Minhas preferências:

1) Uruguai - São nossos vizinhos, jogam relativamente bem e com muita raça. Têm uma história longínqua de glórias que merecem resgatar (seleção Campeã Olímpica e Bi-Campeã mundial), e volta e meia os clubes brasileiros recorrem ao auxílio luxuoso de seus bravos jogadores. Sua seleção atual conta com um deles, Loco Abreu, que joga no Botafogo.
A meu ver, é a equipe mais limitada das semifinalistas, mas joga com raça. Se tudo der errado para os adversários, como aconteceu com o Brasil em 1998 e em 2006 diante da França...

2) Holanda – Têm uma história - vice em 1974 e 1978, mas nunca venceram a copa. Um campeão inédito seria bacana. São alegres e vibrantes. Gosto do uniforme.

3) Alemanha – Só porque acho que a...

4) ...Espanha – É muito comentada antes das Copas, mas nunca justificou a fama. Um quarto lugar em 1950 foi o máximo que conseguiram. Se não tiver mais nenhuma seleção, torço por eles.

Hora de guardar as vuvuzelas e bandeiras e limpar as ruas. Até 2014.

Um comentário:

  1. Isso vai depender se os jogadores convocados continuarem sendo "estrangeiros", o que implicaria uma volta para casa, ganhando ou perdendo!

    Aliás, a pergunta é pertinente: patos e gansos voam? Menos duas passagens... (até lá, o Ganso já deverá estar jogando no exterior.)

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