14 de mai. de 2011

Carros de luxo na Câmara: pérolas aos porcos?

(Atualizado em 17/05/2011)
Nosso vereadores queriam carros de 70 mil reais para trabalhar, mas a imprensa - o povo não fez marchas, manifestações, nem protestos coletivos - 'pegou no pé' deles e acabaram voltando atrás. Isso em tese, porque os carros já foram pagos, à vista, comprados de forma... digamos... opaca.
Não dá para criticar os parlamentares - todos eles saíram da própria sociedade, e por ela foram colocados onde se encontram agora, para fazer o que a grande maioria da população gostaria de estar fazendo.
O presidente da câmara 'bateu forte' naqueles que aprovaram a compra do modelo, mas que diante da repercussão na imprensa recuaram e resolveram não aceitar os veículos (já comprados), dizendo que faltou-lhes coragem para assumir o que desejavam, que foram omissos.

Infelizmente nossa legislação foi, é e será feita por uma maioria de indivíduos desprovidos de qualquer senso moral e ético, e por isso estas coisas vão continuar acontecendo por muito tempo, sem qualquer tipo de censura, fiscalização e condenação, a não ser por parte da imprensa e do Sr. José Joel de Lima, balconista de 52 anos que se acorrentou na mureta em frente à Câmara para protestar. Não há qualquer controle oficial na ação destes 'ilustres' aproveitadores do dinheiro público.
Os parlamentares de todas as esferas comportam-se, em geral, como crianças dentro de uma loja de doces e/ou brinquedos onde podem pegar o que quiserem de graça; eles não estão nada preocupados com as outras crianças que estão olhando as mesmas coisas, do lado de fora da vitrine.
Os líderes populares não se comprometem com estas questões; estão mais interessados em fazer média com determinados grupos sociais que um dia os levarão a este mesmo poder que, com ações socialmente doentias, causa apenas um pouco de indignação no povo, logo esquecida no pleito eleitoral seguinte.

Porém, para que nossos vereadores não tenham que usar um bilhete único com integração, nem tenham que usar o péssimo serviço de transporte público que eles mesmos deveriam fiscalizar mas não o fazem, e com isso sofram a humilhação por que passa qualquer outro trabalhador brasileiro, eu autorizo, como contribuite, a compra de veículos mais baratos, o que é bastante condizente com a importância dada pelos parlamentares ao 'trabalho' que realizam. Condizente, também, com os investimentos monetários e humanos que são realizados na Saúde, na Educação, na Habitação e na Segurança do município. Proporcionalidade é a palavra: por que investir tanto num carro, se tão pouco é investido em áreas mais importantes?

Ah, que tal se a compra for parcelada? Comprando à vista, tem-se a impressão que está sobrando dinheiro na cidade, mas isso não é o que a população testemunha todos os dias nos serviços básicos.

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