20 de mai. de 2011

Os últimos dias de Palocci: Será que tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda, Amanda Gurgel?

O que fez o Palocci que seus colegas políticos-empresários não façam ou fariam?
Só porque ele em 4 anos multiplicou por 20 seus rendimentos, e os outros não conseguiram isso (ainda)?

Se enriquecer rápido estiver dentro da legalidade, o que se pode fazer?
Se é imoral, quem pode dizer sem risco de ter seu próprio 'telhado de vidro' exposto um dia?
Se engorda, até pode ser. Ganhando bem, uma pessoa pode comer mais.*

O que realmente retém o desenvolvimento do Brasil, além do mau-caratismo de quem "tem o poder nas mãos" (o povo também tem poder, mas não sabe e/ou usa), é esse negócio de política se misturar com empresas e empresários, o que possibilita - no mínimo - o tráfico de influência.

Pensemos bem: para que um empresário bem sucedido e ligado a políticos se canditaria a algum cargo político, ou financiaria a campanha de um canditato? Para ajudar o país? Não me engane, que eu não gosto.

O Brasil está crescendo, é verdade. Mas poderia bem mais, não fossem os interesses particulares e a preocupação em mostrar resultados que não condizem com a realidade.
A professora Amanda Gurgel criticou a precária situação da educação no Rio Grande do Norte durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados de seu estado. Todo o país viu e aplaudiu, simplesmente porque esta é a real situação da educação em todo o Brasil.
Então há algo de muito errado quando um ministro-chefe da Casa Civil multiplica tanto seu patrimônio em tão pouco tempo, enquanto falta dinheiro para insvetimentos em áreas essenciais, como a saúde, a habitação e o saneamento, além da educação. E os administradores públicos só fazem pedir paciência e flexibilidade aos brasileiros.

E nem venham falar que o problema é o PT, que e gente do PT. Não há exceções. Quem deixou o poder há pouco tempo e não era do PT, agia da mesma forma, aparecendo ou não na midia.
Nenhum governo é bom, nenhum partido é bom, nenhum político é bom, se não cuida bem do seu povo nem do espaço ao redor que lhe compete, administrando ou legislando com dignidade, honestidade e respeito pelo outro.

(*) Inspirado na música de Roberto Carlos / Erasmo Carlos, ilegal, imoral ou engorda.

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