3 de jan. de 2008

Meu Natal 1

Depois de 1 ou dois anos ausente da distribuição de brinquedos, alimentos e roupas para uma pequena comunidade carente de Vargem Pequena, coisa que ajudo alguns amigos a fazer na época do Natal há pelo menos 7 anos, creio, retornei neste final de 2007.

Fiquei bastante “mexido” (um sinônimo brando para emocionado) desta vez, já que ao lado de antigos e novos companheiros de trabalho lembramos da trajetória do grupo, das pequenas dificuldades que tínhamos, por vezes, de chegar lá, das grandes privações que as pessoas da comunidade provavelmente passam durante todo o ano, de cada olhar de agradecimento e felicidade dos que recebem os presentes...

O que mais me tocou, desta vez, foi o comentário do meu amigo Léo (um dos novatos) ao dizer, antes de sairmos de nosso “QG” atual, a casa do “Seu Manel”, que geralmente achamos que estamos fazendo um benefício para alguém que precisa, quando na verdade os maiores beneficiados somos nós mesmos. Caiu a ficha: o que eu faria lá, naquele domingo antes do Natal e o que fiz nos anos anteriores, nesta tarefa, era fazer bem a mim mesmo. Se a sensação de quem recebe nossos presentes materiais, atenção e carinho é agradável – nota-se na expressão da maioria deles -, o que sinto somente em poder fazer parte deste momento é simplesmente maravilhoso. Fico com a impressão de que por isto e para isto existo. Dê-se a isso o nome que for: paz de espírito, consciência tranqüila, dever cumprido, sei lá...

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