Operação policial no Rio de Janeiro visa inibir o comércio de produtos falsificados e contrabandeados, e conscientizar a população quanto às conseqüências negativas do consumo destes produtos.
Esta é a notícia.
Num país como o nosso, em que o marketing empurra massiva e indistintamente ‘necessidades’ de consumo através de toda e qualquer mídia disponível, é natural que mesmo aqueles que não tenham condições de compra de determinados produtos de marca desejem ter, pelo menos, produtos similares a estes. Acrescente-se a esta ‘necessidade’ o fato de que a população que não pode comprar produtos originais é imensa, que os produtos originais tem seus preços elevadíssimos, que os impostos para produção e comercialização de quaisquer produtos legalizados são muito altos no Brasil, que a fiscalização e a punição relativas à entrada, venda e compra de produtos ilegais no país deixa muito a desejar, que a corrupção ativa e passiva ainda impera por aqui e nos países vizinhos, e que a maioria dos empresários que por aqui atuam são extremamente gananciosos.
Reduzir o assunto a dizer que “produtos piratas somente são produzidos e comercializados porque há quem os compre”, pondo a culpa no consumidor, exatamente como é feito com relação a questão das drogas e da ocupação irregular do solo (que origina tragédias decorrentes de chuvas intensas), é uma visão muito simplista e equivocada de quem não deseja aprofundar a discussão e/ou de quem prefere se esquivar da própria responsabilidade, caso tenha algum poder para buscar ou a colaborar na resolução do problema. Esta é minha análise da realidade.
Não acredito que, na hipótese de se extinguir a pirataria de nossa sociedade, dois milhões de empregos sejam criados, por algumas das razões citadas acima; mas acredito que seja possível, desde que sejam mudados os comportamentos mesquinhos e vorazes - não de um determinado grupo, como o de empresários, ou de parlamentares, da União, ou de consumidores, mas o de cada indivíduo que compõe estes grupos, que compõe a nossa sociedade. Esta é minha utopia.
Num país como o nosso, em que o marketing empurra massiva e indistintamente ‘necessidades’ de consumo através de toda e qualquer mídia disponível, é natural que mesmo aqueles que não tenham condições de compra de determinados produtos de marca desejem ter, pelo menos, produtos similares a estes. Acrescente-se a esta ‘necessidade’ o fato de que a população que não pode comprar produtos originais é imensa, que os produtos originais tem seus preços elevadíssimos, que os impostos para produção e comercialização de quaisquer produtos legalizados são muito altos no Brasil, que a fiscalização e a punição relativas à entrada, venda e compra de produtos ilegais no país deixa muito a desejar, que a corrupção ativa e passiva ainda impera por aqui e nos países vizinhos, e que a maioria dos empresários que por aqui atuam são extremamente gananciosos.
Reduzir o assunto a dizer que “produtos piratas somente são produzidos e comercializados porque há quem os compre”, pondo a culpa no consumidor, exatamente como é feito com relação a questão das drogas e da ocupação irregular do solo (que origina tragédias decorrentes de chuvas intensas), é uma visão muito simplista e equivocada de quem não deseja aprofundar a discussão e/ou de quem prefere se esquivar da própria responsabilidade, caso tenha algum poder para buscar ou a colaborar na resolução do problema. Esta é minha análise da realidade.
Não acredito que, na hipótese de se extinguir a pirataria de nossa sociedade, dois milhões de empregos sejam criados, por algumas das razões citadas acima; mas acredito que seja possível, desde que sejam mudados os comportamentos mesquinhos e vorazes - não de um determinado grupo, como o de empresários, ou de parlamentares, da União, ou de consumidores, mas o de cada indivíduo que compõe estes grupos, que compõe a nossa sociedade. Esta é minha utopia.
Se você leu até aqui e acha que estou fazendo apologia à pirataria e ao contrabando, antes de vir correndo me criticar, sugiro que leia tudo novamente, mais de uma vez, em momentos diferentes. Aí, provavelmente, vai me entender.
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