13 de jan. de 2008

Do que eu não quero esquecer. - Parte I

De como eu, menino, ia feliz acompanhando meu pai às compras nas manhãs de domingo; numa de suas mãos uma cesta de vime, na outra, a minha mão;
Da protetora acolhida materna nas minhas crises infantis de bronquite;
De uma mamadeira de vidro, morninha, com cor de café com leite; nem sei se era minha, mas a visão e o tato daquele objeto permanecem nítidos até hoje;
Da “cidade” que eu construí na terra na frente de casa, onde eu brincava de arquiteto, de motorista, de bombeiro... de incendiário também...
Do meu deslumbramento na primeira vez que entrei no baile da Jet Black (tinha 14, 15 anos!), no Jacarepaguá Tênis Clube, ao me deparar com a penumbra do ginásio iluminada apenas pelas cores e águas dançantes do chafariz, ao som de Roundabout, do Yes: Car*lho! Isso é lindo!
Dos olhos verde-lânguidos da Lúcia, da Rema Tip Top, onde trabalhei; linda...
Da vista de cima das nuvens no Parque de Ibitipoca;
Da pequena Dominique sorrindo e falando comigo de dentro da piscina média do Bandeirantes Tênis Clube, e eu não sabia nadar... Fiquei feliz com a atenção!
Da primeira vez que entrei na “Casa de Eurípedes”, sendo de cara envolvido pela paz do ambiente, ao som de uma suavíssima melodia;
De alguns brinquedos que ganhei: um Jipe, da minha tia Evanira (Paz onde estiver, tia!), num natal lá no farol de São Tomé; do “Super Transcar”, um caminhão-cegonha ou jamanta, da minha tia-madrinha Penha (Paz também, tia!) num aniversário; e de uns soldadinhos, índios e cavalos de plástico, de meu primo “Miúdo”. Todos dados com grande carinho.
Das lágrimas de uma ex-namorada após saciarmos, em nosso segundo encontro, nosso desejo comum represado por alguns meses. Ficou curioso(a)?...
De algumas agradabilíssimas sensações sutis vivenciadas com algumas pessoas em aulas de Biodanza, de Dani – com e sem Andréa - e de Irene. Não dá para entrar em detalhes sem o consentimento das pessoas em questão, e seria quase uma descortesia com as demais, com quem não experimentei as mesmas sensações.
Depois trago mais coisas, acho.

Um comentário:

  1. Edu... muito sensível! Amei e concordo que tanta coisa gostosa deve ficar não apenas na memória dos neurônios, como também e principalmente na CELULAR... seus filhos, em algum momento, sentirão estranheza diante de emoções paraceidas como se já tivessem vivido "aquilo" antes... Parabéns! Acho que todos deviam escrever sobre essas memórias e compartilhar... é muito gostoso...

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