28 de jul. de 2012

Os Jogos Olímpicos e o orgulho de duas cidades, Londres e Rio

Na cerimônia de abertura da Olimpíada 2012 o serviço de saúde pública britânica (NHS) foi homenageado por ser, segundo as palavras de um dos apresentadores dos jogos na TV, um orgulho dos britânicos. Isso me fez pensar na cerimônia dos jogos de 2016 no Rio de Janeiro, e no que poderíamos apresentar como sendo um verdadeiro orgulho de nossa Cidade e/ou de nosso País.
Deixando as várias piadas possíveis e as nossas belezas naturais de lado, e partindo para a seriedade, o que nos resta? Do que, realmente, podemos nos orgulhar? Não algo que esteja pronto, mas algo que tenha sido ou seja construído por nós, como um sistema de saúde pública eficiente. Isso mesmo, contruído: cada cidadão é capaz de construir o que deseja para si e para a sua comunidade. Fora aqueles que, por várias razões não morem ou desejem morar aqui (grande minoria, creio eu), todos os demais têm o dever de dar o seu melhor e fazer com que as coisas funcionem. Isso não é dever do Estado, é dever de cada um - mesmo que esse "cada um" seja um representante do Estado; e toda melhoria, todo sistema eficiente, é também responsabilidade de cada um. Ao permitirmos e/ou participarmos de grandes ou de pequenas infrações - dos lobbies políticos aos esparadrapos "levados" para casa por funcionários de hospitais - estamos contribuindo para a decadência, e não para a excelência do sistema. Infelizmente, a grande maioria da população prefere deixar para os outros a parte das responsabilidades que lhe cabe, mas reclama de seus direitos.
Então... Será que temos algo do que nos orgulhar como povo, seja em 2016, seja daqui em diante?

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