23 de nov. de 2007

É isso aí, bicho...

Fiz uma "fezinha" com um corretor zoológico. Coisa que faço muito esporadicamente; nem sei jogar direito, ganhei uma ou duas vezes, já faz muito tempo. Mas palpite é palpite...

Ao buscar o resultado no dia seguinte, o "funcionário", um velho conhecido da família, não tinha nenhum impresso e me DESAFIOU a anotá-lo, eu mesmo, de seu caderno: achava ele que eu só sabia escrever em um computador. De certo modo, fiquei orgulhoso por (ainda) dominar uma caneta tão bem quanto um mouse! Já no teclado, cato meus milhos (bem rápido, é verdade).

Vi no Sem Censura, da TVE-RJ, alguém falando sobre o quanto sua caligrafia piorou depois que passou a utilizar na maior parte do tempo computador para escrever, e fiquei pensando quanta gente, hoje, só consegue assinar o próprio nome. Em alguns lugares, nem isso é mais necessário. Assim caminha a humanidade, mas sinto estranhamente que caminha para trás, no melhor sentido da expressão.

Ah! Se ganhei no jogo? Prefiro não comentar...

17 de nov. de 2007

Cine / Vídeo: Tropa de Elite

Não faço questão de ver alguns filmes, particularmente aqueles em que diretores e roteiristas fazem questão de mostrar torpezas humanas em detalhes, como em “Jogos Mortais”, que nem sei como começa a história; o pouco que vi foi por mera curiosidade, e o final não me agradou nem um pouco.

Alguns familiares estavam vendo a versão... digamos, “não oficial”, de “Tropa”, quando passei pela sala e dei uma espiada. Sabia somente que o filme estava causando bochicho, e mais nada. Gosto de filmes policiais, mas não lembro de ter visto cenas tão realistas em nenhum outro filme do gênero, e isso fez com que eu me sentasse e acompanhasse mais da trama, e a visse mais tarde na íntegra.

Pela realidade que já mencionei, pelo fato de ser ambientado tão próximo a nós, por levar o espectador “para dentro da cena” e, particularmente, por ter um final “feliz”, achei um excelente filme. Mas é daqueles filmes dos quais levamos mais tempo para nos desligarmos. Pelo menos me senti assim; acho que por ter entrado “realmente” dentro das cenas. Como o vi tarde da noite, precisei a seguir de uns dois ou três episódios do desenho “A Pantera Cor de Rosa” para relaxar e dormir.

15 de nov. de 2007

Que mundão!: Bebê surpresa.

Uma mulher, semana passada, deu à luz uma criança num avião em pleno vôo. O detalhe é que ela nem sabia que estava grávida! Brinquei sobre quais seriam os possíveis nomes da criança... “Êpa”, “Ué”, “Queisso”, “Hã”, “Pop” ou algum outro som que não sei reproduzir com caracteres.

Falando sério, fiquei imaginando como é possível uma mulher não saber que está grávida até o momento do parto, como ninguém de seu relacionamento não notou a possibilidade da gravidez...

Mas, sobre o que mais pensei:

Não houve nenhum contato afetivo entre a mãe e o bebê durante a gestação; a criança não sentiu se foi ou não desejada; a mãe ao “conversou” com o neném na barriga;

Não houve uma escolha prévia do nome da criança: “Se for menino, será João, se for menina, Maria!”;

Não foi feito um enxoval pro pequenino, não havia berço, não havia mamadeira, manta, fralda...

A mãe não tomou os devidos cuidados em favor do feto: se bebia, fumava, ou usava drogas (tomara que não!), continuou a fazê-lo;

Enfim, uma grande surpresa. Só a mãe da criança pra saber se boa ou não...

Ah! E nem falei no pai da “surpresinha”...

Cine / Vídeo: Não por acaso.

Dia desses aproveitei a promoção do cinema nacional a R$ 2,00. Queria ver 3 filmes, mas o tempo disponível só me permitiu assistir a 2 deles.

O segundo que vi, “Inesquecível”, tirando o fato de ser com a Guilhermina Guinle (não vou falar sobre ela!), pode ser esquecido sem problemas.

O primeiro, “Não por acaso” é que me surpreendeu, já que eu não tinha nenhuma expectativa para o filme; não li a sinopse, como costumo fazer, e achei mesmo que poderia ser chato, mas em se tratando de filmes, gosto de correr riscos...

A história é muito original: ambientada em Sampa, mostra os diferentes, porém limitados, “mundinhos sem graça” em que vivem os dois protagonistas, que não se conhecem, mas cujos destinos são alterados por um único e trágico acidente de trânsito. As perdas humanas decorrentes deste acidente, ironicamente, apresentam-lhes novas oportunidades, tanto para superar as perdas sofridas como para conhecerem mundos diferentes daqueles em que viveram até então, quase que obrigando-os a se desligarem de seus passados vazios de sentido e reescrevem suas novas e felizes histórias.

Aparentemente denso e triste –o clima cinzento da arquitetura paulistana predomina- o filme é tratada com muita leveza e um agradável e sutil otimismo; diria até certa ingenuidade. O elenco afinadíssimo passa a emoção na dose certa, dos mais experientes e conhecidos atores aos mais jovens e, acredito promissores.

Quanto ao final, é um final feliz*, daqueles que fazem a gente deixar o cinema imaginando o que acontecerá com os personagens daí em diante...

Há uma página oficial do filme na Internet, com muito mais detalhes. Vale checar. Preferencialmente, depois de assisti-lo.

(*) Para roteiristas, final feliz é o que resolve bem uma história, mesmo que seja a morte inesperada do protagonista. (Não é o caso deste filme!)

É Proibido proibir?

Dia desses o Prefeito de São Paulo proibiu o barulho nas feiras-livres daquele município. Fiquei pensando se ele não tinha mais nada para fazer. E concluí que tem. Não só ele, mas todos os prefeitos e representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário deste país, além, claro, da própria sociedade civil: ampliar as listas de proibições. Eu começo, dando minhas humildes sugestões...

Fica PROIBIDO desde já:

Faltar escolas e professores para quem queira e precise estudar;

Faltar unidades de saúde a quem precise e queira se tratar;

Deixar escolas e unidades de saúde em precárias condições de uso;

Pagar salários ínfimos a profissionais das áreas de educação e saúde.

Faltar medicação para quem precisa e não pode pagar;

Faltar moradia digna para quem precisa, mas não pode pagar;

Faltar saneamento básico em qualquer lugar;

Faltar alimentação para quem precisa e não pode comprar;

Faltar transportes de massa eficientes para quem precise;

Deixar predominar o caos no trânsito;

Faltar oportunidades de trabalho a quem precise, queira e possa trabalhar;

Faltar assistência de qualquer nível a aposentados e aos incapacitados;

Cobrar altos tributos a quem possa e queira gerar oportunidades de trabalho;

Deixar a população carcerária sem ocupação -digna- que lhe permita, no mínimo, o próprio sustento enquanto dure o período de reclusão;

Permitir a entrada de contrabando e drogas nas nossas fronteiras;

Deixar policiais serem atacados nas ruas ou mesmo em suas casas pelo crime organizado;

Pagar salários ínfimos a policiais;

Deixar a população com medo da violência urbana.

Aos reconhecidamente corruptos, chegar, permanecer ou voltar ao poder;

Aos que de alguma forma lesaram os cofres públicos, ficar sem punição exemplar;

Os cofres lesados ficarem sem a devida reposição do montante desviado ou mal utilizado;

Deixar estes cofres sem controle e fiscalização permanentes;

Deixar de se fiscalizar o que deve ser fiscalizado;

Deixar de se punir o que deve ser punido;

Deixar de se cumprir o que deve ser cumprido.


Acho que ainda falta muita coisa... mas também tenho mais o que fazer!

(Abril de 2007)

Datas especiais: (Março 2007) A Mulé e a música.

Mulher. Fonte de inspiração na música para muitos autores e intérpretes.

Na maioria das canções, foram ou são idolatradas; em outras, provavelmente pela evidente inabilidade masculina em algumas vezes lidar com o sexo oposto, depreciadas.

Seja qual for o motivo pelo qual elas tenham sido cantadas, presto aqui minha singela homenagem, citando algumas das melodias cujos títulos incluem o nome de algumas mulheres (meu único critério de escolha!). Se o seu nome não aparecer, a culpa é dos compositores ou da minha falta de tempo em pesquisar mais...

Ah! Tem músicas de estilos e épocas diferentes. Beijos! Feliz dia de hoje!

Adelaide - Inimigos do Rei
Alice – (Leoni / Paula Toller / Bruno Fortunato) Kid Abelha
Aline – Christophe
Amanda – Boston
Amélia - Mario Lago e Ataulfo Alves
Ana – Pixies
Anna Júlia – Los Hermanos
Anne of Cleves - Rick Wakeman
Angelica – Duke Ellington e John Coltrane
Aurora – Mário Lago e Roberto Roberti
Barbara Ann – Beach Boys
Beatriz - Chico Buarque e Milton Nascimento
Camila, Camila – Nenhum de Nós
Cândida - (T.Wne/I.Levine) The Fevers
Carla – LS Jack
Oh! Carol – Neil Sedaka
Carolina – Chico Buarque e Luiz Cláudio Ramos
Catherine of Aragon – Rick Wakeman
Cecilia – Simon & Garfunkel
Clara - Caetano
Clarice - Caetano
Clarisse –Legião Urbana
Cleo – John Cale
Christine sixteen – Kiss

Conceição - Dunga, Jair Amorim
Cristina – Tim Maia
Daisy – Kevin Johansen & the Nada
Dani - Biquini Cavadão
Deborah - Jon Anderson e Vangelis
Diana – Boca Livre
Dinorah -
Ivan Lins e Vitor Martins
Dora - Dorival Caymmi
Doralice – Antonio Almeida, Dorival caymmi
Elis Elis - (E. Natolo Jr./ M. Simões) Emílio Santiago
Elisa – Serge Gainsbourg
Emília – Roberto Silva
Valsa de Eurídice - Vinícius de Moraes e Tom Jobim
Frida – Sanseverino
Modinha pra Gabriela – Dorival caymmi (?)
Geni e o Zeppelin – Chico Buarque
Glória – Pixinguinha
Guinevere - Rick Wakeman
Helena - My Chemical Romance // Biafra
Iolanda - Pablo Milanés, versão de Chico Buarque
Iracema –Adoniran Barbosa
Irene – Caetano Veloso
Isabella - Billy Blanco
Isis – Bob Dylan
Izaura – João Gilberto
Jacqueline – Franz Ferdinand
Baby Jane – Rod Stewart

Janette – Lamartine Babo
Janine – David Bowie
Joanna - Kool & The Gang

Julia – Beatles
Juliana – Antonio Adolfo
Juracy – Vassourinha
Kátia Flávia – Fausto Fawcett
Laura – Alcyr Pires Vermelho, João de Barro (Braguinha)
Layla – Derek & the Dominoes
Lea – Toto

Valsa para Leila - Guinga e Aldir Blanc
Lígia – Tom Jobim
Lilian - Depeche Mode
Luciana - Vinícius de Moraes e Tom Jobim
Lucille – Little Richards
Luiza - Tom Jobim, Chico Buarque e Francis hime
Madalena - Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza
Magdalene – Boston
Maggie Mae – Beatles
Maria, Maria - Milton Nascimento
Maria Joana – Sidney Miller
Mariana – Luis Gonzaga & Gonzaguinha
Mariane - Legião Urbana
Marina - Dorival Caymmi
Martha my dear - Beatles
Proud Mary - Creedence Clearwater Revival

Melissa – Bide ou balde
Michelle - Beatles
Natasha – Capital Inicial
Odete – Sergio Sampaio
Regina Let’s go - CPM 22
Renata Maria – Ivan Lins e Chico Buarque
Risoleta – Moreira da Silva
A Rita - Chico Buarque
Roberta – Peppino di Capri
Rosa – Pixinguinha e Otávio de Souza // Dorival Caymmi
Rosalyn – Pretty Things
Rosanna – Toto

Roxane – The Police
Sandra – Gilberto Gil
Sandra Rosa Madalena - Sidney Magal
Sara - Jefferson Starship // Fleetwood Mac
Sebastiana – Jackson do Pandeiro
Sílvia - Chico Buarque
Solange (So lonelly) – (Sting)Versão: Leo Jaime e Leoni
Sônia (Sunny) - (B. Hebb) Versão: Leo Jaime e Leandro
Stella – (Fábio/Paulo Imperial) Fabio
Stephanie says - Lou Reed
Sueli – Alcides Gerardi
Suzanne – Leonard Cohen
Oh Suzie Q – Creedence Clearwater Revival
Calúnias (Telma eu não sou gay) – (v.de “Tell me once again”- B. Anderson) - Ney Matogrosso
Teresinha - Chico Buarque de Hollanda
Tetê - Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli
Call On Me Valerie - Steve Winwood
Vera Gata - Caetano Veloso
Virgínia – Mutantes
Zoraide – Ultraje a Rigor

Finalizando, há uma muito bonita cantada pelo Lenine – Todas elas juntas num só ser – em que aparecem alguns destes nomes e fala de outras anônimas mulheres, também muito inspiradoras. Vale ouvir.

Seu "Personal Enganator" acaba de agir!!!

Se você ganha salário mínimo ou tem seus rendimentos a ele vinculados, vc acaba de ser ludibriado em R$ 69,75 mensais ou R$ 837,00 anuais. Este é o valor que vc estaria recebendo além dos seus 380,00 mensais, caso seu reajuste acompanhasse o dos nossos "empregados" parlamentares (28,5%). Sim, nossos empregados: de um modo ou de outro os "contratamos" e pagamos seus altos salários e mordomias. A diferença entre esta empresa chamada Brasil e as outras é que, "na" Brasil, os próprios empregados determinam quanto vão ganhar e, o pior, quanto você merece ganhar. ... Lembrando que na última tentativa de aumento de salários desta corja, repudiada pela opinião pública e pela imprensa, o jeitinho dado pra "garantir um qualquer" foi o aumento das verbas de gabinete. ... Não é por acaso que os tributos são altos, e que a saúde pública, a habitação e o ensino estejam em precária situação. Aliás, quanto menos informado e instruído o cidadão, melhor para este bando de ****** ** ****. ... Não, não proponho nenhuma solução. Sou povo, e cada povo tem o governo que merece... ... Lamento por cada brasileiro que é obrigado a sair de casa a cada eleição para escolher seu "Personal Enganator".

(Maio de 2007)

Jacarepaguá também é Rio!!!

Incrível como os números podem esclarecer tanto! Fiz até uma comunidade homônima no Orkut.

A região de Jacarepaguá, embora detentora de significativa participação econômica e eleitoral em âmbito municipal, não recebe um tratamento proporcional à sua participação no desenvolvimento desta cidade maravilhosa; cada cidadão envolvido de alguma forma com os bairros que compõem esta região deve se perguntar sobre o que é necessário fazer para reivindicar uma participação mais justa de Jacarepaguá junto à Prefeitura do Rio de Janeiro.

A população da região, composta por 11 bairros -Anil, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Jacarepaguá, Pechincha, Praça Seca, Tanque, Taquara e Vila Valqueire- é de 507698 habitantes; é a terceira maior região empregadora e, em volume de negócios, a segunda maior arrecadação da cidade, perdendo apenas para a região do Centro da Cidade, estando bem à frente das regiões da Zona Sul (8ª posição) e Barra (9ª posição).

Em termos de desenvolvimento humano, ocupa a 6ª posição (IDH=0,844), considerado médio-alto.

Na década de 90, Jacarepaguá acumulou um crescimento populacional de 16% (cerca de 80 mil novos habitantes), superada apenas pelas Regiões da Barra (44%) e de Campo Grande (22%).

(Nota: O município do Rio de Janeiro é dividido em 12 regiões, conforme seu Plano Estratégico. Cada uma das regiões é composta por bairros da cidade. Saiba mais em www.rio.rj.gov.br).

Os números aqui apresentados comparativamente às demais regiões não visam desmerecê-las de forma alguma. Como também não é nossa intenção ofender ou denegrir a imagem do que ou de quem quer que seja, mas tornar mais clara a compreensão do tratamento "diferenciado" dispensado pela Prefeitura à nossa região. Importante frisar que estes números provêm do website da própria Prefeitura, podendo ser acessados por qualquer cidadão.

Trânsito

Jacarepaguá não é “longe pra caramba”, só é mal servida de transportes públicos e seu trânsito está cada vez mais caótico já que, somados aos problemas “normais”, impera a má educação dos condutores de veículos. Minha sugestão para os planejadores do tráfego é que passem um dia útil percorrendo as ruas, ora como motoristas, ora como pedestres, para que possam realmente sentir os problemas.

Saneamento

A infra-estrutura de saneamento está cerca de 40 anos atrasada; tempo que a galeria de águas pluviais, com suas estreitas manilhas de barro, recebe o esgoto sanitário na Estrada Rodrigues Caldas, cujas unidades comerciais, industriais e residenciais aumentaram -em muito- nos últimos 20 anos, provocando pequenos mas sucessivos entupimentos e transbordamentos.

Na Estrada dos Três Rios, quando chove mais forte, forma-se uma imensa poça de água e esgoto em frente à Passarela da Freguesia, local de grande movimentação de veículos e pedestres.

Cultura,Esporte e Lazer

Como outras regiões bem servidas e tratadas da cidade, a gente também quer cultura, diversão e arte. E esporte. Não por vaidade, mas pela importância no resgate e manutenção da cidadania e formação de conceitos e opiniões que podem ser conseguidos através do acesso aos bens culturais e do esporte, chegando mesmo a ser a "tábua de salvação" para muitos jovens, resgatando-lhes a identidade. Temos notícias diariamente na mídia de ações sociais envolvendo cultura e/ou esporte que direta ou indiretamente contribuem para a redução da criminalidade. Pode ser pouco, mas, multiplicadas estas ações, o pouco se torna muito.

Segundo informação no site da Prefeitura, "A cultura aparece em 3º lugar nas pesquisas de necessidades das comunidades das Zonas Norte e Oeste." Estamos na Zona Oeste. Então...

Vamos aos números:

Há 1 Biblioteca Popular. Zona Sul e Centro têm 3 cada uma; Tijuca/Vila Isabel, Grande Méier, Leopoldina, Campo Grande, e Irajá têm 2 cada uma;

Há 1 museu (Museu Bispo do Rosário, na Colônia Juliano Moreira) e 1 Centro cultural (Profa. Dyla Sylvia de Sá), cujas atividades são praticamente desconhecidas da população da Região, seja por atividades pouco expressivas, seja pela falta de atenção da mídia, ou ambos; já na região da Zona Sul, há pelo menos 7 Centros culturais/Museus; na Região Centro, 6, e na Região Campo Grande, 4, incluídas 2 Lonas Culturais;

Teatros, não há nenhum; nem privado, nem administrado pelo Município.

Quanto à festivais, shows etc. promovidos ou apoiados pela Prefeitura, não contamos com nenhum de expressão que promova o orgulho da população do bairro: nem palcos para o REVÉILLON, que só ocorrem nas praias, nem queima de fogos, como ocorre na Penha.

Esportes e lazer:

O TAI CHI CHUAN NAS PRAÇAS, promovido pela Prefeitura, acontece na Praça do barro vermelho, entre o Tanque e o largo do Pechincha. Na Zona Sul o mesmo evento acontece em 4 praças; no Centro, em 2; em Bangu, em 3 praças; em Irajá, em 2.

Várias regiões já têm vilas olímpicas funcionando há anos, algumas com duas vilas. O projeto da de Jacarepaguá, ainda está sendo elaborado, embora o local esteja há anos reservado. Em compensação, o Parque Olímpico do Rio (em construção no Autódromo, para os Jogos do Pan) talvez seja uma alternativa para a população da região, em um prazo mais curto e real.

No website da Prefeitura podem ser lidas notícias relativas ao bom resultado obtido com os jovens participantes das vilas olímpicas, entre outras notícias relevantes.

Fontes: Anuário Estatístico do Rio de Janeiro 1993/1995, IPP; Atlas Escolar da Cidade do Rio de Janeiro 2000; Armazém de Dados, IPP/2003.

Nota: No último dia 18 de setembro finalmente foi inaugurada a Lona Cultural Jacob do Bandolim, na “praça do vermelho”, entre o Tanque e o Pechincha, e a Vila Olímpica do mato Alto já está com obras adiantadas.

Acidentes acontecem?

Inspirado pelo ocorrido na decisão do Brasileiro de 2000, entre Vasco e São Caetano.

São Januário, Reveillon de Copacabana, Xuxa Park e Rio Water Planet. O que estes casos têm em comum? A incompetência administrativa das instituições públicas e privadas. A prefeitura concede licenças e alvarás, mas não fiscaliza para saber se sua legislação é cumprida; Os empresários, por sua vez, não se preocupam com a segurança do entretenimento que oferecem à população, pois contam como improvável qualquer punição contra eles. O resultado, estamos vendo: Acontecido o acidente, o socorro é deficiente, a culpa é do usuário, as autoridades e empresários trocam acusações, fatalidade. O mais importante, porém, está sendo deixado de lado, que é a prevenção. Quando os homens - sim, são mortais, como nós - envolvidos em tais eventos levarem seus trabalhos à sério, muitos destes "acidentes" poderão serão
evitados.

(Dezembro de 2000)

CABEÇA BAIXA

Ainda há esperança para nós, brasileiros, se aceitamos tantos absurdos passivamente, muitos dos quais nós mesmos cometemos e achamos normais? Difícil arriscar um prognóstico enquanto impomos a nós mesmos um sentimento de baixa-estima, cujas autoridades “competentes” fazem questão de dar uma forcinha. Fico indignado ao ver as ruas por onde passo, tão sujas. Onde estão os garis? Bandidos estão acuando policiais, que choram com medo de serem mortos. Não deveria ser o contrário?

É bem verdade que muitos de nós colaboramos com a proliferação de mosquitos e ratos ao deixarmos mato e água estagnada em nossos quintais e ao jogarmos lixo “naquele terreno do outro lado da rua; que jogamos inocentes papeizinhos de bala, latinhas de refrigerantes e outras coisinhas “pequenas” pelas janelas dos carros e ônibus e nas ruas por onde passamos diariamente; que aqueles que deveriam cuidar da segurança pública estiveram, nos últimos anos, mais ocupados em garantir “um por fora”, incentivando a corrupção. É, pensando bem, todos somos responsáveis. Mas “a culpa maior é das autoridades!”, diremos. Será? Reflitamos: Quem determina o comando destas autoridades são, direta ou indiretamente, os políticos em quem nós votamos. Se neles votamos, é porque neles confiamos. Se eles não se mostram dignos da nossa confiança, não repetirmos este voto em outra eleição é o mínimo a fazer. O máximo, é cobrarmos deles que façam jus ao que prometeram e, quando for o caso, respondam pelos seus erros perante a Justiça. Êpa! Outro problema. Assim vai ficar difícil levantarmos novamente a cabeça. Afinal de contas, onde está o Lalau, ou melhor, o dinheiro que ele roubou? E o que aquela advogada (com a minúsculo, mesmo) escroque roubou dos pobres, onde foi parar?

É, começo a achar que só a Justiça pode resgatar nossa auto-estima. Mas será que existe alguém nessa área interessado nisso? Que apareçam, então, para que possamos reativar aquele projeto do “País do Futuro” - cada um fazendo a sua parte -, recuperando todo o tempo perdido, e possamos sentir realmente orgulho de sermos brasileiros, dizendo isso ao mundo de cabeça erguida.

(Outubro de 2000)

Há vagas!

Política, sempre ela... essa é do ano passado. Ou anterior, sei-lá.

Já que, segundo o TSE, estaremos “contratando” funcionários pelos próximos 4 anos para representarem nossos interesses –coletivos- perante o estado, o país e o mundo, justo é estabelecermos critérios para um processo seletivo bem-sucedido.

Exigências:

1) Determinação;

2) Dinamismo;

3) Iniciativa;

4) Honestidade;

5) Seriedade;

6) Responsabilidade;

7) Sociabilidade (com os demais candidatos);

8) Equilíbrio;

9) Bom senso;

10) Criatividade para propor soluções para problemas complexos;

11) Integridade;

12) Bons antecedentes;

13) Capacidade para administrar conflitos;

14) Liderança;


Desejável:

1) Experiência na função;

2) Carisma;


Se os candidatos às vagas preencherem ao menos 50% destas exigências já é possível pensar em “contratações”...

Confissão

Já fui viciado. Em cola.

No Segundo Grau, hoje Ensino Médio, adquiri o vício, acho que por ter sido reprovado logo no primeiro ano. Sozinho ou em grupo, passei a colar em muitas provas. Embora estudasse no primeiro turno, freqüentemente ia dormir bem tarde, mesclando os filmes da Sessão de Gala com o preparo dos papeizinhos salvadores, escritos pacientemente com letras quase microscópicas. Contava ainda com o esquema da galera do lado esquerdo da sala, onde o mais bem preparado, sentado mais à frente, facilitava a obtenção das informações ao outro que estava mais próximo dele e, em um rápido zigue-zague a cola seguia para o fundo da sala.

Uma vez um professor viu cair uma cola voadora, não muito utilizada por nós, mas sem remetente e destinatário identificados, somente resultou num aumento da vigilância dele (e nossa, claro!). Em muitas ocasiões eu nem usava a cola, porque - paradoxalmente - sempre fui um bom aluno, estudava e prestava atenção às aulas. Além disso, o preparo dos tais papeizinhos acabava me ajudando a memorizar a matéria. Exceto nas provas de Matemática e de Análises Químicas, meus maiores fantasmas.

Certa ocasião usei um método que considerava muito arriscado, mas naquele dia não havia opção: consultar o caderno, guardado embaixo da carteira. A prova era de PQI - Processos Químicos Industriais. Disfarçava, enquanto o professor (um careca alto que não tinha o dedo indicador da mão e segurava o giz entre o polegar e o dedo médio) circulava pela sala, esperando ele parar para que eu pudesse fazer o serviço em segurança.

Ele não só parou de circular como se sentou em sua mesa, lá na frente. Tudo o que eu queria! Não perdi tempo e iniciei a consulta e as devidas anotações. Como bom viciado, entorpecido pela cola, não percebi que o homem havia levantado e, passando ao meu lado (eu já bem mais branco do que o habitual) simplesmente pegou minha prova - ele sem alarde e eu sem defesa - e continuou a circular pela sala. Recolhi minhas coisas e me mandei. Ninguém percebeu nada, mas comentei com os colegas mais chegados que estranharam minha rapidez em “terminar” a prova.

No intervalo, passei pelo professor, esbocei um sorriso amarelo e um “foi mal” sem palavras; ele respondeu um “melhor sorte da próxima” ou algo parecido, da mesma forma.

Na aula seguinte uma nota três, com a seguinte anotação no canto superior esquerdo da prova: “Tentando olhar o caderno!”. Achei que tinha ficado no lucro, já que não estava tentando - estava olhando mesmo - e aquela nota foi graças à cola.

Durante algum tempo, vangloriava-me disso. Hoje, enquanto andava na rua lembrei-me deste fato... E o quanto, sem perceber, aprendi alguns valores que considero importantes com aquele professor, o Ricardo: Respeito incondicional, autoridade moral, generosidade e honestidade.

Ele poderia ter me recriminado diante da turma, mostrando ser mais esperto que “a galera da cola”. Poderia ter dado zero em vez de três. Poderia alertar os outros professores para ficar de olho “naquele magrinho branquelo”. Mas não o fez.

Embora eu estivesse tentando enganá-lo, sua punição silenciosa mostrou-me que, no fundo, eu estava tentando enganar a mim mesmo.

Se hoje posso dizer que sou um tanto melhor do que já fui ontem, devo parte disso àquele professor.

AH! Uma "gabolice", como diz meu amigo Fagim: Anos depois, já me dei ao luxo de tirar nota baixa só por não precisar tirar nota alta...

(Sobre a Copa 2006 II) Chega de Copa!

Na ocasião, escrevi:

Estou encerrando minha participação nesta Copa. Estas são minhas últimas considerações sobre a dita cuja.

1) Dizia eu que o Brasil só a perderia a taça para ele mesmo. Errei feio. Perdeu para as vaidades pessoais envolvidas. Neste quesito, cada jogador obteve o que queria embora as reclamações quanto ao “bicho”, uma merreca de aproximadamente R$ 87 mil que cada um vai receber pela classificação para as oitavas. Parece que a escolha foi pelos espelhinhos e miçangas, em vez do ouro...

2) Cafu diz que os jogadores da seleção merecem mais respeito por parte dos brasileiros. Concordo. Todo idoso merece nosso respeito, principalmente aquele que vemos diariamente na TV privado dos direitos que seu minguado dinheiro não pode comprar. Previdência privada só para uma privilegiada minoria que serve à seleção. Mérito deles, claro, que trabalharam pra isso, e agora podem (ou devem?) pendurar as chuteiras. Mas tinha que ser justamente durante o jogo com a França? O Zidane também estava se aposentando, mas não parou um minuto sequer.

Falta respeito, sim. Mas dos jogadores do Brasil com seus adversários franceses pela falta de competitividade; comigo e mais meia dúzia, pela perda do precioso tempo; e até com a bola, pobrezinha esquecida, que tanto lhes ajudou na carreira.

3) Acompanhei alguns jogos – sim, cochilei bastante também - e cheguei à conclusão de que a prorrogação pode ser a parte mais emocionante dos jogos, e se o tempo normal fosse eliminado, não faria falta. Economizaríamos muito tempo, inclusive. E a disputa de pênaltis? Não chega a ser justa, nem injusta: as equipes que nela se enfrentam estão no mesmo nível de qualidade. Para cima ou para baixo.

4) Finalmente, estou tendendo a vincular a imagem de alguns jogadores da nossa seleção à imagem da maioria de nossos políticos... Se o deles já está garantido, para que suar a camisa?

Enfim, começou o ano. Se as eleições deixarem, claro.

Edu Corrêa. Publicitário metido à cronista, não estrela comercias para não perder o fôlego nos momentos decisivos.

(Sobre a Copa 2006) De Reis, Imperadores, Fenômenos e... bolas!

Sinal de nobreza: O Rei do futebol, atleta do século passado, sempre tratou a bola com muito respeito. E soube quando parar.

Outro, argentino, genial por sinal, tentou a majestade, mas, que droga, ficou pelo caminho.

Difícil substituir o Rei. Deram um jeitinho de tentar driblar a importância do Negão: criaram um Fenômeno e até mesmo um Imperador. -Agora, vai!

Não foi. A nação, representada inclusive por um homônimo Rei, o da música, curvou-se, literalmente, ante o “espetáculo” ocasional de um outro candidato a Rei, um francês, que, embora sabendo exatamente quando ia parar - brincando inclusive de coroar o Fenômeno –, mostrou-se aquém da nobreza por não saber perdoar o inimigo italiano no momento da consagração.

O tal homônimo do Rei da música ficou sem saber o momento de parar. Ou de lutar, como seus companheiros do exército verde-amarelo. “Ordens do comandante”, diria ele no Show da Vida.

A impressão que se tem é que os mais majestosamente adjetivados heróis do futebol estão muito satisfeitos com o que já conquistaram ou com o que ainda podem conquistar pessoalmente, mas, curiosamente, nos seus planos não mais está incluída aquela a quem eles realmente devem tudo, principalmente respeito: a bola.

Edu Corrêa. Publicitário, indignado, mas não surpreso com o escrete canalhinho.

NINGUÉM merece... Essa é sempre atual!

Se você está farto dos políticos tradicionais, seus problemas acabaram:

Vote em NINGUÉM!

NINGUÉM é o candidato ideal.

NINGUÉM resolverá os problemas da saúde, da habitação, do emprego e da segurança.

NINGUÉM honrará seus compromissos!

NINGUÉM promete -e cumpre- seus compromissos de campanha.

NINGUÉM joga limpo nos debates.

NINGUÉM é ético.

NINGUÉM faz promessas com bases consistentes.

Depois de eleito, NINGUÉM tratará o eleitor com o devido respeito.

Depoimentos:

"NINGUÉM vale a pena!", diz, eufórico, TODO MUNDO.

"NINGUÉM é capaz de resolver os problemas da cidade!", diz ALGUÉM.

Eleitor amigo, não vote em BRANCO, que não serve para nada. Somente uma expressiva votação em NINGUÉM pode deixar clara a insatisfação do povo contra os rumos tomados pela política e pelos políticos brasileiros e, talvez, em breve tempo, acabar com a obrigatoriedade do voto, que até hoje só tem favorecido UM ou OUTRO.

Para votar em NINGUÉM tecle 00 e/ou 00.000 e confirme.

NINGUÉM será muito grato por seu voto.

(Baseado numa velha fábula sobre um trabalho importante que NINGUÉM fez, mas que ALGUÉM deveria ter feito, pois era uma tarefa de TODO MUNDO).

Edu. Crítico em exercício, não faz apologia ao voto em NINGUÉM. Mas também não faz apologia às drogas revestidas de políticos que consomem as energias e torram os recursos da nação.

Ao menos a Ouvidoria funciona!

A Prefeitura do Rio de Janeiro conta com uma Ouvidoria realmente eficiente. A seguir, um contato que fiz com o serviço.

Em outubro de 2005 escrevi para eles:

"Existe uma comunidade em Vargem Pequena, chamada Novo (ou Nova) Palmares, que com o passar dos anos -pude acompanhar- foi crescendo e hoje encontra-se praticamente urbanizada, com uma melhoria da condição de vida de seus habitantes. Próxima a esta, separada apenas por um canal (ou valão), há uma outra comunidade bem pequena, com cerca de 30 barracos, nos fundos de um luxuoso condomínio. Faço parte de um grupo que distribui brinquedos e alimentos no Natal para esta pequena comunidade, há alguns, e noto claramente que eles ainda não recebem ou receberam a devida atenção do poder público, pois as condições de vida no local são precárias. Há trechos em que é preciso caminhar sobre pedras e tábuas, por causa da água suja do "canal", para chegar às casas.
Assim, pergunto se eles não podem -ou merecem- ser removidos para um local mais adequado e de acordo com suas necessidades, ou se, na impossibilidade da remoção, o local atual não poderia receber algum tipo de urbanização que melhorasse as condiçoes de vida daquela gente, que merece e precisa bem mais do que a doação esporádica de alimentos e brinquedos."

Resposta:

"A mensagem foi enviada à Ouvidoria competente para as devidas providências.", e em seguida, "A Gerência do Programa Favela Bairro informou q a comunidade citada foi cadastrada para avaliação."

Decorrido 1 ano, fiz novo contato com a Ouvidoria:

"Faz um ano que enviei a solicitação de Número: ..., que foi encaminhada à Gerência do Programa Favela Bairro solicitando resposta, e que foi assim respondida: "A Gerência do Programa Favela Bairro informou q a comunidade citada foi cadastrada para avaliação.". Decorridos pouco mais de 365 dias, constatamos que não houve qualquer alteração para melhor no quadro anterior. O que impede ações neste sentido?


Respostas:

22/01/2007 "Sua reclamação foi encaminhada à Gerência do Programa Favela Bairro para conhecimento e resposta.
Breve retornaremos."

24/01/2007 "A Gerência do Programa Favela Bairro informou que até o momento não há qualquer alteração. A comunidade encontra-se cadastrada para avaliação, ainda sem previsão de data.

Atenciosamente,
Ouvidoria da Prefeitura - SMH
Secretaria Municipal de Habitação"

Por estes contatos (e por outros não citados aqui, sobre assuntos diferentes), concluí duas coisas:
1) Podemos e devemos reclamar, pedir e elogiar: a Ouvidoria faz um ótimo e rápido trabalho ao receber as informações e as repassar aos órgãos competentes para que tomem as devidas providências ou respondam aos contribuintes.
2) O órgão competente em questão (SMH) precisa ser urgentemente transplantado!

Referendum das armas de fogo (Recordando)

Escrevi há alguns anos e mandei pra alguns contatos. Quis republicar, sim, e daí?

Pelo sim, pelo não...

Bom, ninguém me perguntou, mas lá vai minha opinião sobre o tal referendum das armas de fogo.

As leis foram feitas para serem cumpridas, acho. No Brasil quem viola a Lei pode beneficiar-se: da morosidade da justiça e dos mecanismos intrincados pertinentes (vulgo brechas da Lei); da conduta nem sempre responsável – com ou sem intenção - de alguns dos envolvidos no julgamento; da natureza das penas e de outros mecanismos que visam protelar-lhes o cumprimento. Paira no ar a impunidade, que estimula cada vez mais delitos e infrações de toda ordem.

Segundo Tertuliano*, meu vizinho, “pra que largar meu jornal e levantar meu traseiro da cadeira num domingo, e ir votar num político que provavelmente me decepcionará votando no aumento polpudo de seu próprio salário e num aumento irrisório para o meu, criando mais um feriado para um Santo do qual ele goste (particularmente não tenho nada contra o Santo!) ou agindo exatamente ao contrário de tudo aquilo que ele defendia anteriormente? A multa pra quem não vota é pequena, não vou prestar concurso público pra nada, mesmo. Não vale o esforço.”

Em parte, Tertuliano tem razão. Somos socialmente obrigados a agir de um determinado modo, mas por vezes preferimos o risco da punição, que em muitos casos, principalmente nos mais graves, não acontece, ou não é severa o suficiente para motivar um infrator a evitar novos erros.

O que é ilegal ou proibido no Brasil passou a ser comum, exatamente pela punição branda ou pela ausência total de punição. Proibir a venda de armas de fogo não impedirá qualquer pessoa de adquirir uma arma; pelo que já vimos acima, a tendência é um aumento da posse de armas ilegais: Para Tertuliano, “entre possuir uma arma e usá-la há certa distância, e entre usá-la, ser descoberto e ser punido por isso, há outra distância, que talvez valha o risco. A minha defesa pessoal e de minha família é o que importa, já que a polícia não nos garante a segurança”.

Reduzir a questão da proibição da venda das armas de fogo ao um sim ou não, enquanto governos e autoridades não resolvem a questão da insegurança pública, que deriva dos arrastados problemas sócio-econômicos do País, me parece na verdade uma forma encontrada para continuar arrastando estes problemas enquanto durarem os mandatos.

Eu não gostaria de ser obrigado a votar de forma tão simplória num assunto tão delicado, mas, para finalizar, sou a favor da vida e acredito muito na Justiça. A Divina, claro.

Edu.

(*) Tertuliano é um personagem fictício.

Cá 'stou!

Olá. Vez em quando, costumo escrever sobre algumas coisas. Para seção de cartas de jornais, para amigos, para mim mesmo... Resolvi tornar públicos meus textos. Espero que alguns gostem... ou que sirvam para outros, de algum modo.