É bem verdade que muitos de nós colaboramos com a proliferação de mosquitos e ratos ao deixarmos mato e água estagnada em nossos quintais e ao jogarmos lixo “naquele terreno do outro lado da rua; que jogamos inocentes papeizinhos de bala, latinhas de refrigerantes e outras coisinhas “pequenas” pelas janelas dos carros e ônibus e nas ruas por onde passamos diariamente; que aqueles que deveriam cuidar da segurança pública estiveram, nos últimos anos, mais ocupados em garantir “um por fora”, incentivando a corrupção. É, pensando bem, todos somos responsáveis. Mas “a culpa maior é das autoridades!”, diremos. Será? Reflitamos: Quem determina o comando destas autoridades são, direta ou indiretamente, os políticos em quem nós votamos. Se neles votamos, é porque neles confiamos. Se eles não se mostram dignos da nossa confiança, não repetirmos este voto em outra eleição é o mínimo a fazer. O máximo, é cobrarmos deles que façam jus ao que prometeram e, quando for o caso, respondam pelos seus erros perante a Justiça. Êpa! Outro problema. Assim vai ficar difícil levantarmos novamente a cabeça. Afinal de contas, onde está o Lalau, ou melhor, o dinheiro que ele roubou? E o que aquela advogada (com a minúsculo, mesmo) escroque roubou dos pobres, onde foi parar?
É, começo a achar que só a Justiça pode resgatar nossa auto-estima. Mas será que existe alguém nessa área interessado nisso? Que apareçam, então, para que possamos reativar aquele projeto do “País do Futuro” - cada um fazendo a sua parte -, recuperando todo o tempo perdido, e possamos sentir realmente orgulho de sermos brasileiros, dizendo isso ao mundo de cabeça erguida.
(Outubro de 2000)
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