15 de nov. de 2007

CABEÇA BAIXA

Ainda há esperança para nós, brasileiros, se aceitamos tantos absurdos passivamente, muitos dos quais nós mesmos cometemos e achamos normais? Difícil arriscar um prognóstico enquanto impomos a nós mesmos um sentimento de baixa-estima, cujas autoridades “competentes” fazem questão de dar uma forcinha. Fico indignado ao ver as ruas por onde passo, tão sujas. Onde estão os garis? Bandidos estão acuando policiais, que choram com medo de serem mortos. Não deveria ser o contrário?

É bem verdade que muitos de nós colaboramos com a proliferação de mosquitos e ratos ao deixarmos mato e água estagnada em nossos quintais e ao jogarmos lixo “naquele terreno do outro lado da rua; que jogamos inocentes papeizinhos de bala, latinhas de refrigerantes e outras coisinhas “pequenas” pelas janelas dos carros e ônibus e nas ruas por onde passamos diariamente; que aqueles que deveriam cuidar da segurança pública estiveram, nos últimos anos, mais ocupados em garantir “um por fora”, incentivando a corrupção. É, pensando bem, todos somos responsáveis. Mas “a culpa maior é das autoridades!”, diremos. Será? Reflitamos: Quem determina o comando destas autoridades são, direta ou indiretamente, os políticos em quem nós votamos. Se neles votamos, é porque neles confiamos. Se eles não se mostram dignos da nossa confiança, não repetirmos este voto em outra eleição é o mínimo a fazer. O máximo, é cobrarmos deles que façam jus ao que prometeram e, quando for o caso, respondam pelos seus erros perante a Justiça. Êpa! Outro problema. Assim vai ficar difícil levantarmos novamente a cabeça. Afinal de contas, onde está o Lalau, ou melhor, o dinheiro que ele roubou? E o que aquela advogada (com a minúsculo, mesmo) escroque roubou dos pobres, onde foi parar?

É, começo a achar que só a Justiça pode resgatar nossa auto-estima. Mas será que existe alguém nessa área interessado nisso? Que apareçam, então, para que possamos reativar aquele projeto do “País do Futuro” - cada um fazendo a sua parte -, recuperando todo o tempo perdido, e possamos sentir realmente orgulho de sermos brasileiros, dizendo isso ao mundo de cabeça erguida.

(Outubro de 2000)

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